Reitor e reitora eleita da Ufam recebem o PDI 2026-2030
Proposta será enviada para a apreciação do Conselho Universitário
Na manhã desta segunda-feira, 26, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com vigência pelos próximos cinco anos, foi entregue ao reitor, professor Sylvio Puga, e à reitora eleita, professora Tanara Lauschner. A entrega da proposta final foi feita pela equipe de servidores da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan), sob a liderança da professora Maria da Glória Vitório Guimarães, na sala de reuniões do Gabinete da Reitoria.
A reunião contou ainda com a presença da pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progesp), TAE Maria Vanusa Firmo, do pró-reitor de Ensino de Graduação (Proeg), professor David Lopes Neto, e do professor Alexandre Passito, futuro chefe de Gabinete na gestão que se iniciará no segundo semestre deste ano de 2025. Gestores e convidados acompanharam a exposição dos tópicos de maior destaque no documento de 150 páginas, o qual será enviado ao Conselho Universitário (Consuni). A apreciação está prevista para ocorrer entre agosto e setembro, e a vigência do PDI 2026-2030 terá início em janeiro do próximo ano.
Ao receber o documento das mãos da pró-reitora titular da Proplan, o reitor se comprometeu a encaminhá-lo ao órgão colegiado que o apreciará. “Este tema será pautado em breve para ser apreciado pelo Consuni. Na Ufam, de forma similar ao que ocorre na República, nós atuamos como o Executivo ao preparar as normas de interesse institucional; e elas devem ser analisadas pelos conselhos superiores, que cumprem um papel semelhante ao Legislativo”, comparou o professor Sylvio Puga, para ilustrar o processo.
A aprovação deve ocorrer já durante a gestão da professora Tanara Lauschner, cujo chefe de gabinete acompanhou a reunião. O professor Alexandre Passito elogiou a consistência do Plano consolidado, sobretudo pela linguagem acessível e pela clareza na organização do texto. Segundo ele, assim que forem indicados os futuros pró-reitores, o/a novo/a titular da Proplan deve se reunir com a equipe atual em breve. Ele notou sobretudo a praticidade do resumo administrativo, preparado em apenas uma página e chamado Canvas.
Ao abrir a exposição, a titular da Proplan ressaltou alguns avanços em termos de gestão administrativa da Universidade que já estão abrangidos neste Plano quinquenal elaborado coletivamente. Segundo a professora Maria da Glória Vitorino, o processo teve início há cerca de um ano e meio, mas já demonstra que a Universidade realiza um trabalho consistente. Inclusive, “a Instituição foi citada como caso positivo de orçamento transparente pela Controladoria Geral da União (CGU)”. “Todos podem acompanhar quanto a Ufam recebe de orçamento e onde esses valores são empregados, considerando os PDUs [Planos de Desenvolvimento da Unidade]”, pontuou a docente.
“Conseguimos fechar o PDI de uma forma muito democrática com os grupos temáticos, contando com a colaboração de professores e de TAEs. Também houve uma aproximação inédita com o público discente, com o objetivo de fomentar a participação de toda a nossa comunidade. Foi um trabalho muito rico, realizado por nós e para nós, com um enfoque sempre voltado para a regionalidade das nossas demandas. Por esse motivo, gostaria de sugerir a elaboração de uma portaria de agradecimento aos servidores que atuaram para concretizar esse documento, para que isso conste em suas filhas funcionais”, complementou a pró-reitora da Proplan.
Construção e diferenciais
A própria metodologia empregada na construção do PDI é um importante avanço, já que prestigiou a participação colaborativa de gestores e executores de unidades acadêmicas e administrativas da Ufam. Administradora vinculada ao Departamento de Planejamento Estratégico da Proplan, a TAE Mara Rosália Ribeiro Silva apresentou os destaques do PDI 2026-2030, tanto em termos procedimentais quanto em relação ao planejamento gráfico e à linguagem aplicada ao documento. Ela frisou o conceito de construção, em detrimento do uso do de concepção, este tomado pelo viés filosófico, ou do de produção, de referência industrial.
“A construção do PDI se deu a partir de uma metodologia amplamente participativa, com a proposta de uma Ufam que planeja qual caminho precisa ser seguido de onde ela está hoje para onde ela pretende chegar. A Universidade é tão ampla que seria impossível traçar um planejamento estratégico sem seguir os 12 eixos temáticos estabelecidos”, enfatizou a TAE Mara Rosália Silva. Os temas abrangentes, mencionados por ela, seguidos dos respectivos responsáveis, são estes: Ensino de Graduação (Proeg); Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp); Extensão (Proext); Inovação (Protec); Assistência Estudantil (Proae*, antigo Daest); Governança Institucional (CGIRC); Planejamento e Gestão (Proplan e Proadm); Sustentabilidade (CCA e CDEAM); Gestão de Pessoas (Progesp); Infraestrutura Física (PCU); Tecnologia da Informação Ctic); e Comunicação (Ascom).
A exposição da servidora indicou ainda melhorias no aspecto visual, na linguagem e, de modo mais abrangente, na organização das informações ao longo do texto. “A cada eixo temático foi utilizada uma cor específica, escolhida de modo consciente a partir do planejamento gráfico; os conceitos empregados na metodologia e na organização dos dados também estão no documento. Ou seja, houve uma preocupação constante em proporcionar a compreensão, tornando o resultados didáticos e acessíveis a todos que tiverem acesso ao PDI 2026-2030. Dessa forma, também se concretiza o princípio da transparência”, esclareceu a servidora.
Diretor do DPE/Proplan, Arivano Sousa Silva coordenou com mais proximidade todo o processo de construção. Em sua exposição, ele destacou que a redução do tempo para vigência do Plano, de dez para cinco anos, segue uma tendência e uma determinação para toda a Administração Pública. Ele também indicou as inovações deste próximo PDI, como a atenção mais detida ao tema da saúde mental de servidores e alunos, neste caso a cargo da assistência estudantil, e as propostas para o fortalecimento da governança, eixo formado por sete objetivos estratégicos que devem guiar a atuação institucional. “Quanto à infraestrutura física, composta por obras e reformas, é necessário que se indique justificativa, importância e valores, com metas bem definidas. Já no tema da acessibilidade, o desafio é realizar as adaptações aos prédios mais antigos”, exemplificou.
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