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Ufam é a única instituição da região Norte selecionada para a “Operação Amazonas”

Publicado: Terça, 22 de Abril de 2025, 12h17 | Última atualização em Terça, 22 de Abril de 2025, 12h17 | Acessos: 161

De 9 a 27 de julho, a Ufam, por meio da equipe participante, estará no município de Manaquiri, no interior do Amazonas, realizando as ações do Projeto Rondon (PR), iniciativa do Ministério da Defesa (MD). Em 2025, mais 260 pessoas de 25 instituições de ensino superior do país (IES) estarão no estado na “Operação Amazonas”, que terá estudantes, docentes e militares atuando em 12 municípios visando melhorar as condições de vida da população.    

Selecionadas pelo edital nacional do Projeto, as 26 IES aprovadas, entre elas a Ufam, sendo a única do Norte, enviarão seus representantes para uma das localidades a serem atendidas, ficando sempre duas  instituições em cada uma. Trabalhando em conjunto com a Ufam, estará a equipe da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UFTP), a primeira colocada com 100% de aprovação na seleção do MD. “O Projeto Rondon começou com a região Norte. O Marechal Rondon iniciou todo esse desbravamento e a Amazônia e o Amazonas sempre são um foco interessante por conta das características locais, as dificuldades de acesso à informação, do IDH que é sempre muito baixo, existem comunidades muito mal colocadas na avaliação nacional. E isso nos entristece muito. Então, o Amazonas é um sonho para todo rondonista. Para você ter uma ideia, todas as instituições que concorreram tiveram o nível de aprovação dos seus projetos acima de 94% de conceito”, contou a coordenadora do PR na Ufam, professora Cinthya Iamille, do Instituto de Ciências Biológicas. “Estamos agora na viagem precursora para identificação dos problemas, visitar as comunidades, conversar com a população para saber as necessidades locais. Enquanto isso, ocorre a segunda etapa da seleção dos estudantes da Ufam que estarão no Projeto. Este ano a operação terá alunos de pós-graduação também. O resultado deve sair na próxima semana. Assim, teremos os oito universitários e os dois professores, no caso o professor Rafael Salgado, como professor adjunto da operação, e eu, como coordenadora”, detalhou.

As IES apresentaram Propostas de Trabalho com ações de caráter de extensão e com efeito multiplicador, que contribuem para o desenvolvimento sustentável, o bem-estar social e a qualidade de vida nas comunidades e para o desenvolvimento e o fortalecimento da cidadania do estudante universitário, usando as habilidades universitárias. As ações apresentadas são direcionadas, prioritariamente, a um público capaz de reproduzi-las e multiplicá-las no seio da comunidade, tornando-as permanentes. São direcionadas à crianças, jovens e adultos. Professores, estudantes, agentes comunitários de saúde, servidores públicos e comunidade em geral são atendidos pelas ações do projeto. Além das equipes das IES, o navio da marinha fará também ações em outros municípios.

As equipes são divididas em dois conjuntos de atuação nos municípios: “Conjunto A: Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde” e “Conjunto B: Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho”. A Ufam participa desta operação com ações do conjunto A. Os municípios atendidos nesta operação serão: Alvarães, Anamã, Anori, Barcelos, Careiro da Várzea, Fonte Boa, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, Manaquiri, Tabatinga, Tefé e Urucurituba. “Inserir nossos estudantes nas realidades mais necessitadas de capacitações é uma maneira de despertar a responsabilidade social que o ensino superior deve trazer. Construir a cidadania e a nossa responsabilidade com a sociedade, não importando onde ela esteja. Mas, de modo especial, tirar o estudante do "conforto" da academia e inseri-lo na realidade da vida daqueles que estão mais afastados. É uma transformação de visão de mundo que essa experiência traz”, comenta a professora Cinthya Iamille.

Larissa Fernandes Viana foi rondonista na “Operação Portal do Sertão”, na Bahia, em 2023. A experiência foi um divisor de águas em sua vida, proporcionando crescimento pessoal e acadêmico. “O Projeto Rondon foi uma das viradas de chave que tive na minha vida profissional e pessoal. Atualmente, sou enfermeira, me formei em agosto de 2023, e o Projeto Rondon me ajudou a desenvolver confiança na minha área de atuação, pois foram realizadas diversas oficinas voltadas para a área da saúde com profissionais com tempo de experiência, então imagina a cabeça do universitário totalmente fora da zona de conforto levando atualizações a respeito da área de saúde para profissionais que já estavam atuando na área. Além disso, ter contato com rondonistas de outros estados e conversar sobre a cultura de cada lugar é um aprendizado enorme, algo que só quem vive o Projeto Rondon entende. Sou muito grata a todas as pessoas que conheci na Operação Portal do Sertão, a toda a vivência que tive no município de Rio do Antônio, na Bahia, todo acolhimento da população e toda troca de experiência. O Projeto Rondon é uma troca de experiências, entre alunos e comunidades, e o encontro da diversidade cultural do Brasil”, contou.

Thiago Costa de Oliveira tem relato semelhante ao de Larissa. “Participar do Projeto Rondon foi a melhor experiência que tive durante minha trajetória acadêmica. Aprendi que conhecer, na prática, a realidade do interior do país, especialmente aquelas áreas mais afastadas e vulneráveis, é muito diferente de ler sobre o local ou assistir aos jornais. Partir para as regiões carentes do país é capaz de mudar nossas perspectivas como profissionais e indivíduos que vivem em sociedade, muito porque são regiões bastante carentes de serviços públicos tão básicos e necessários”, conta. “O projeto traz uma percepção de realidade e humanidade para nós, que às vezes é ausente nas salas de aula, e trago isso comigo até hoje na minha atuação como profissional do direito, especialmente porque trabalho com direitos humanos. Quando retornei do Projeto Rondon, reuni um grupo de alunos e atuei na reativação do projeto de extensão “FD nas Escolas”, da Faculdade de Direito, que levava conhecimentos sobre direito e justiça para as escolas públicas de Manaus. O projeto visitou diversas escolas de Manaus no ano de 2023 e continuou nos anos seguintes”, completa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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