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Ufam lança selo comemorativo aos seus 116 anos de existência

Publicado: Sexta, 17 de Janeiro de 2025, 10h02 | Última atualização em Sexta, 17 de Janeiro de 2025, 10h32 | Acessos: 853

Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam



 

No dia 17 de janeiro de 2025 a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) completa 116 anos de existência e para celebrar a data, a Assessoria de Comunicação da Instituição lançou o selo comemorativo. Desenvolvida pela designer Bruna Andrade, a marca leva em conta a história da Ufam, a produção de conhecimento, bem como  sua conexão com a natureza. 

Todos os anos desde 2019, a Ascom lança uma nova marca em comemoração ao aniversário da Universidade.  Para o ano de 2025, o objetivo é enaltecer o sentimento de pertencimento e valorização da marca Ufam. “Partindo deste ponto, iniciei o processo criativo buscando elementos visuais que refletissem esse sentimento de pertencimento. Selecionei, portanto, os elementos “raízes” e “encontro dos rios” que, inclusive, está presente na marca da Ufam”, informa a designer. “As raízes fazem alusão ao enraizamento que, por conseguinte, reflete o crescimento e a conexão com a natureza e com as raízes da Instituição. Este elemento foi traduzido no numeral 6, que compõe os 116, desenhado a partir do enraizamento das plantas. Já no encontro dos rios, temos as curvas e a fluidez dos rios que refletem a fluidez do conhecimento que percorre a Universidade. Tal elemento está presente no numeral 11, dos 116, que foi desenhado a partir de ondas e cores que remetem aos rios Negro e Solimões”, detalha. 

A Ascom liberou um link para acesso aos diversos materiais produzidos com o selo dos 116 anos da Universidade para que o público em geral possa celebrar a continuidade da Instituição que fez e faz muito pelo Amazonas e pela região Norte. 

 

Sobre raízes e rios - a vida acadêmica na Ufam

 

O calor 

 

"Um dos melhores momentos da minha vida.” É assim que Laura Cristine Maia Lopes, de 18 anos, descreve o dia 8 de janeiro de 2025, o dia em que foi divulgado o resultado do Processo Seletivo Contínuo 2025 (PSC). Lá, entre tantos, ela viu o próprio nome na lista dos aprovados para o curso de Psicologia. E é nesse momento que a Ufam entra para a vida de inúmeras pessoas ano após ano desde 1909. “Eu estava na academia quando vi, não pude nem sair pulando. Mal consegui acreditar quando vi “aprovado” na situação. Comecei a sorrir e a lagrimar ao mesmo tempo, corri atrás da minha mãe, mostrei para   ela, nos abraçamos e choramos juntas no meio da academia”, conta Laura. 

Os próximos dias, semanas e meses serão de muita excitação para o início das aulas. Tantas perguntas, inúmeras expectativas e medos também, mas o friozinho na barriga é animador. Por isso mesmo os novos universitários são chamados de calouros, dada a intensidade de emoções desse período inicial. “Além de muito aprendizado acadêmico obviamente, espero ter muitas experiências, tanto na vivência mesmo, com as pessoas, quanto no que a Universidade tem a oferecer de extracurricular. Quero sair da Ufam sabendo que aprendi o que tinha para aprender, que eu fui além e busquei saber mais, e que eu criei vínculos com as pessoas”, diz a em breve futura aluna da Faculdade de Psicologia (Fapsi).

 

O percurso

 

“Do 1° ao 6° período da graduação, minha rotina era baseada em acordar por volta das 5h da manhã para pegar o transporte público às 6h e chegar na Ufam umas 7h para tomar café da manhã e chegar na aula às 8h.” Esta era a rotina de Ricardo Nogueira Miranda Filho, 21 anos, naqueles que serão lembrados como os seus anos de graduação, quando cursava Ciências da Computação na Ufam. Formando de 2024/2, Ricardo já superou a fase de calouro há bastante tempo. Aguardando somente a cerimônia de Colação de Grau para encerrar essa etapa, a “loucura” da vida acadêmica na Federal do Amazonas costuma ser a principal característica apresentada por universitários para descrever essa experiência.

 

São tantas atividades para gerenciar ao mesmo tempo: chegar no horário, acompanhar cada aula, fazer as disciplinas extracurriculares, escrever artigos, cumprir prazos, participar do Pibic, do Pibid, da monitoria ou de outro projeto do curso, estágio, tem os eventos também, tudo muito importante para a formação e para o currículo. Estudar para as provas é sempre a prioridade das prioridades, afinal a meta é tentar não desperiodizar para não piorar o que já é bastante complicado. “O que mais me irritou durante a graduação foi o calendário acadêmico enxuto por conta da pandemia. Nos esforços da faculdade em ficar conforme ao calendário nacional, os períodos foram reduzidos, o que acabava prejudicando o planejamento dos professores e tornava os finais de período exaustivos, com diversos trabalhos e provas”, lembra Ricardo.

Acrescente a isso o transporte coletivo, o Restaurante Universitário (RU), o professor carrasco, aulas aos sábados, a queda de energia no campus, a falta de água, preocupação com a segurança e uma pandemia também. Os anos da graduação … em média de quatro a sete anos, mas que de tão intensos parecem ser muito mais.

Isso sem falar na vida pessoal que praticamente deixa de existir para dar lugar à vida acadêmica, mas que tem total influência na primeira; e que, dependendo de como for a sua, o seu nível de adrenalina tende a crescer muito mais em momentos como os finais de período quando você precisa estudar, mas tudo em casa ou no trabalho dá errado para você. 

Mas existem coisas boas na graduação também! Muitas! 

“A vivência como graduando na Ufam foi agradável. O Instituto de Computação possui uma infraestrutura que não presenciei em outras instituições federais, como a UFMG, o Cefet-MG e o Ifam. Os professores são referências nas áreas em que atuam e ministram as disciplinas com qualidade didática, e a grande maioria são simpáticos e acessíveis. Quanto à Universidade em geral, tive boas experiências com os eventos sociais, como o Vila Ludos, onde conheci discentes de vários outros cursos”, comenta o formando do Icomp.

Assim como um velocista tem seu objetivo em vencer a corrida, o universitário precisa ter em mente que seu alvo é terminar o curso. Todos os seus interesses e ações são voltados para atingir esse fim. “Um ponto importante na minha experiência enquanto graduando foi o fato de ter tomado a decisão de me envolver em projetos de iniciação científica, pesquisas e eventos relacionados ao meu curso, participando de maratonas de programação, cursos de capacitação, Pibic e do projeto SWPERFI, que ofereceu todo apoio necessário para a conclusão da graduação na Ufam. Tais escolhas influenciaram positivamente na minha formação, me enriquecendo não só o currículo, mas de experiências com graduandos, mestrandos, doutorandos e professores, além de me fazer sentir preparado tanto para o mercado de trabalho quanto para atuar na vida acadêmica”, relata Ricardo.

E de período em período chega o último deles e a hora que todos os graduandos almejam: checar o E-campus e ver que você cumpriu cada umas das horas exigidas de cada disciplina da sua grade curricular. É oficial: você vai se formar. Há novamente uma avalanche de emoções semelhante aos primeiros dias como universitário da Ufam. Na cabeça estão o presente (finalmente estou saindo da Ufam), o passado (outro dia eu tive meu primeiro dia de aula na Ufam) e o futuro (como será minha vida após a Ufam?) em constante revezamento. A esperança é a força motriz a assumir o comando de agora em diante. 

Com a cerimônia de Outorga de Grau prevista para 12 de fevereiro, Ricardo está a menos de 30 dias de receber o seu diploma de ensino superior, sendo o primeiro da família a conquistá-lo em uma universidade federal. A certeza de ter recebido uma formação de qualidade é o que o move em busca de novas conquistas. “Tenho, antes de tudo, felicidade pela etapa concluída e o sentimento de ter realizado uma boa graduação em um curso excelente. Existe sempre aquela ansiedade do que vem a seguir, até porque me inscrevi para o mestrado, então existe toda a questão de proposta e prova que precisam ser realizadas. Mas no geral, o que se passa na cabeça a maior parte do tempo é a ideia de missão cumprida e que venham as próximas etapas”, revelou.

 

A memória

 

“Com certeza, sinto muito falta daquele tempo, é aquele sentimento de que éramos felizes e não sabíamos.”

Já são quase 12 anos desde que Diego Alex Mendes Pacheco concluiu o curso de Ciências Contábeis na Ufam e aquele tempo, que já foi um presente angustiante e aparentemente infindável, teve o seu último capítulo. Após a diplomação, Diego conseguiu ingressar no mercado de trabalho na área de formação, conquistou experiência e atualmente é contador do Ifam em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas. “O que mais me recordo é o meu desespero de acompanhar as aulas que já iniciavam em um alto nível. Foram anos de aprendizado com professores que eram verdadeiros expoentes da Contabilidade em nossa capital e região, no setor privado ou público.  As amizades em um ambiente onde a gente tinha uma luta diária para conciliar trabalho e estudo também foi algo marcante para mim”, lembra o egresso da Faculdade de Estudos Sociais (FES).

Ainda que o seu “desespero” seja a primeira memória a vir à tona quando pensa nos anos de formação profissional na Ufam, com o passar dos anos, Diego pôde contemplar aquele período com novas percepções. “Possuir um diploma de graduação na Federal impõe um certo respeito, mas o conhecimento teórico obtido é o que sempre me colocou em uma posição mais passível ao compreendimento prático que outros colegas de trabalho inicialmente possuem dificuldades. Na Ufam, tive o prazer de conviver com diversas pessoas que tinham muito a agregar, ouvir suas experiências de vida e suas opiniões sobre a sociedade, a política, a economia, a vida como um todo e que ajudaram muito a formar meu senso crítico e ideológico. A Ufam não foi somente uma faculdade de graduação, mas também uma faculdade para a vida”, ponderou.

Como os rios devem seguir seu curso, aqueles dias, meses e anos cheios de emoções se transformam em  memórias de momentos que em algum tempo à frente assumirão a forma de saudade. “Com certeza sinto muito falta, é aquele sentimento de que éramos felizes e não sabíamos, de nos sentir desafiados com as temidas provas de professores como Manoel Martins e Wander Araújo. A angústia de passar ou reprovar e ficar desperiodizado, estávamos todos no mesmo barco então buscávamos nos ajudar ao máximo, isso criava um laço de amizade que mantenho até hoje com alguns amigos. E o que falar das festinhas das sextas culturais? Era o momento que tínhamos de descontrair um pouco após semana puxada de estudos”, comenta Diego. “Hoje, após quase 12 anos de conclusão do curso, apesar da correria e sacrifício para concluir e obter a tão sonhada graduação, sinto que valeu a pena cada momento e cada aprendizado que carregarei sempre comigo, recordações de uma época de muitas amizades e conhecimentos obtidos onde aprendi a construir meus sonhos e alcançá-los no futuro”, completa.

Alex Souza, mora fora do Brasil desde 2008. Primeiro, esteve no Japão entre 2008 e 2013 e desde 2015 está nos Estados Unidos da América. Egresso do curso de Engenharia Florestal da turma de 2006, ele também guarda boas recordações da época da graduação na Ufam. “O mini-campus era bem diferente de hoje em dia, menos prédios. Havia sempre eventos como a sexta cultural, o FUM [Festival Universitário de Música] e outras atividades. Quanto às aulas, lembro de estudar muito mas também de me divertir bastante e criar várias amizades muito importantes”, conta. 

Com a formatura, Alex Souza conseguiu ser selecionado para fazer o mestrado no Japão, sendo convidado a cursar o doutorado lá também. Após isso, trabalhou como coordenador e professor do curso de Recursos Florestais no Grays Harbor Community College em Aberdeen, Washington (EUA). Depois disso, começou a trabalhar como tradutor na Nintendo e hoje em dia é gerente de idiomas na Roblox. “Apesar de não estar mais trabalhando na área de formação, ainda devo toda essa jornada às coisas que aprendi no meu tempo de Universidade. Creio que esse tempo valioso me ensinou, acima de tudo, a manter a mente e o coração abertos às possibilidades e estar sempre disposto a aprender mais e crescer como pessoa e como profissional”, ressalta.

Quase 20 anos após sua passagem pela Casa, Alex junta-se ao coro daqueles que reconhecem as agruras da vida acadêmica na Ufam, mas também que os resultados obtidos provam o diferencial da formação proporcionada pela Instituição. “Para mim, a Universidade cumpriu o seu propósito, de me tornar uma pessoa melhor através da educação. Vi muitos professores e colegas fazendo esforços além de seus meios para alcançar seus objetivos e isso sempre me inspirou muito. Até hoje vi poucos lugares onde as pessoas são tão motivadas a trabalhar e dar o melhor de si, acreditando na missão da Instituição. Infelizmente, nem todos têm ou apreciam os aspectos positivos de estar em um ambiente que oferece tanto, pensam mais em graduar e sair para a vida. Levo comigo o que vai além da sala de aula, os exemplos de persistência e ética da Universidade”, expôs. “Até hoje considero a Ufam minha segunda casa. Passei cinco anos e meio ali, às vezes de 8h às 8h, mas a Universidade me ajudou muito a avançar e tive todo o apoio que precisava, mesmo com as limitações. Eu posso dizer que aproveitei bem meus tempos de Ufam e tenho só saudades e coisas boas para lembrar. Lógico que houve tempos difíceis, mas eu sabia que estava construindo um futuro e me animava com isso”, revela.

E dessa forma, há 116 anos, cada estudante leva a marca da Ufam em si mesmo, na sua vivência acadêmica, na sua história de vida, como uma tatuagem em um corpo, são intrínsecos um ao outro, ambos para sempre se pertencem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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