Ufam torna Sumaúma do setor Sul imune ao corte
Revisão: Rozana Soares, equipe Ascom
Na sexta-feira, 6, foi instalada a placa informativa referente à declaração de imunidade ao corte atribuída à Sumaúma plantada há mais de 30 anos entre o bloco 2 da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), e o bloco da Faculdade de Odontologia (FAO), no setor Sul do campus universitário da Ufam em Manaus. A cerimônia ocorreu às 10h, com participação de membros da comunidade acadêmica.
A iniciativa partiu da coordenação do curso de Engenharia Florestal e da comissão de organização da Semana Florestal de 2024 e foi sancionada pelo reitor da Universidade, professor Sylvio Puga, no dia 19 de novembro por meio da Portaria nº 2242. “Nós solicitamos o tombamento da Sumaúma e o reitor expediu uma portaria. Sua resiliência e resistência ao longo dos anos, mesmo em meio às ameaças de expansão da Ufam, é um testemunho da força do nosso curso, que se consolidou como uma referência em Engenharia Florestal na Amazônia. A relação entre o curso e a Sumaúma é uma expressão de pertencimento e conexão com nossas florestas.”, contou a professora Marcileia Couteiro Lopes, coordenadora do curso e do evento.
“Plantada em 1993 por Érica Ribeiro Yoshida, a primeira formanda do curso de Engenharia Florestal, essa árvore representa o pioneirismo de quem acreditou e iniciou a trajetória de um curso voltado à conservação e manejo sustentável da maior floresta tropical do mundo. Reconhecendo seu valor histórico, simbólico e ambiental, o curso de Engenharia Florestal, por meio da Coordenação de Curso, se mobilizou durante o planejamento da Semana Florestal 2024, tendo como resultado, a expedição da portaria 2242/2024 - GR, que oficializou o tombamento da árvore como patrimônio da UFAM. Essa medida assegura que ela seja preservada para as futuras gerações, consolidando-a como um monumento vivo ao compromisso com a sustentabilidade,” diz o texto da comissão que pediu o tombamento da Sumaúma.
Confira o primeiro artigo da Portaria Nº2242, do Gabinete do Reitor da Ufam:
“Art. 1º DECLARAR imune ao corte o espécime vegetal Ceiba pentandra, SUMAÚMA, plantada há mais de 30 anos entre os bloco 2 da Faculdade de Ciências Agrárias -FCA, e o bloco da Faculdade de Odontologia - FAO, no setor sul do campus da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.”
A Sumaúma
A Sumaúma ou Samaúma Pode chegar até a 70 metros de altura e a 120 anos de vida, é encontrada em florestas pluviais da América Central, da África ocidental, do sudeste asiático e da América do Sul. No Brasil, ela é bastante vista na região da Amazônia.
Considerada sagrada para os antigos povos Maia e para muitos povos indígenas do Brasil, sua copa se projeta acima de todas as demais árvores servindo de abrigo e proteção para outras espécies de flora e para inúmeros pássaros e insetos.
Já suas raízes (as Sapopemas) são capazes de absorver água das profundezas do solo amazônico, hidratando não apenas ela, mas outras árvores de espécies diferentes. Em períodos específicos, quando as raízes atingem um determinado nível de umidade, a árvore solta esse excesso e irriga todo o seu entorno.
Essas características lhe renderam o apelido de Rainha da Floresta, Árvore Mãe, Árvore da Vida e muitos outros.
Com informações de Ambiental Turismo.
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