8º Emflor aborda “Gênero, Equidade e Ecofeminismo” de 4 a 6 de dezembro
Revisão: Rozana Soares, equipe Ascom
A programação inclui conferência magna, mesas-redondas, rodas de conversa, painéis temáticos, palestras e apresentações de trabalhos orais e em banners. Acesse neste link
O Encontro de Estudo sobre Mulheres da Floresta chega a sua oitava edição com enfoque numa abordagem sobre ecofeminismo, gênero e equidade, sobretudo com a proposta de antecipar o debate sobre temáticas a serem tratadas na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025. Nos dias 4, 5 e 6 de dezembro de 2024, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) recebe pesquisadoras e pesquisadores, membros de movimentos de mulheres e estudantes de graduação e pós-graduação com o objetivo de amplificar a pauta feminista desde a realidade amazônica.
O Encontro é promovido pelo Grupo de Estudo, Pesquisa e Observatório Social: Gênero, Política e Poder (Gepos), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia (PPGSS). Além do apoio institucional da Universidade, o evento tem auxílio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e congrega conferencistas, palestrantes e coordenadoras(es) de GTs ligadas(os) a entidades públicas ou privadas localizadas nas cidades de Manaus, Parintins e Tefé e ainda nos estados de Roraima e do Maranhão.
“O 8º Emflor contempla uma discussão sobre os impactos de questões climáticas e socioambientais que afetam a Amazônia e a vida de seus habitantes, especialmente as mulheres que cultivam a relação ancestral de cuidado na perspectiva da sustentabilidade ambiental”, explica a página do evento.
Sobre a edição
Antecedendo a COP30, o 8º Emflor visa à conscientização sobre a necessidade de proteger a Amazônia e, em particular, as mulheres desta região, que são desproporcionalmente afetadas pelas crises climáticas e ambientais. Altas secas e cheias obrigam essas mulheres e suas famílias a se deslocarem para cidades próximas, enfrentando sérios riscos. O ecofeminismo é apresentado como estratégia de organização e pertencimento, baseado em uma ancestralidade que preza pelo cuidado com as pessoas, a terra, a floresta e as águas. A relevância social do evento está na interação entre a academia, os movimentos sociais femininos e os poderes públicos.
O evento aborda a desigualdade de gênero presente em todos os aspectos da sociedade. Refletindo sobre o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Unesco (2009), sobre Equidade de Gênero, o 8º Emflor evidencia as disparidades entre mulheres e homens em termos de papéis sociais, representações e os desafios enfrentados por mulheres em situações de desigualdade. Tais desigualdades abrangem trabalho, acesso limitado a políticas públicas e espaços de poder, bem como a sub-representação feminina na ciência e no parlamento brasileiro, refletindo uma relação de poder desigual baseada na discriminação de gênero.
O Congresso explora a intersecção entre gênero, raça/etnia e classe social nas relações de poder. Desde a primeira edição em 2009, ele é um espaço que aumenta a visibilidade das mulheres da floresta amazônica, antes silenciadas pela historiografia e pela ciência. Esta edição não só oferece uma plataforma para a contribuição científica no campo das relações de gênero, mas também serve para dar visibilidade às mulheres e destacar desafios climáticos e socioambientais enfrentados pela Amazônia, reforçando a necessidade de ação conjunta para proteção e sustentabilidade da região.
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