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Interpet 2024 reúne estudantes da Ufam e do Ifam para debates sobre a inter-relação de saberes

Publicado: Terça, 08 de Outubro de 2024, 12h21 | Última atualização em Terça, 08 de Outubro de 2024, 13h38 | Acessos: 332

Na última sexta-feira, 4, ocorreu o Encontro Estadual dos Grupos PET do Amazonas (InterPET 2024), no auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas (FES/Ufam). O encontro foi organizado pelos grupos Conexões Étnicas (EtnoPet) e Pet Medicina, e teve o tema ‘Para além das fronteiras dos conhecimentos’.

Por Sebastião de Oliveira, equipe Ascom

Revisão Rozana Soares

Um dos organizadores do Etnopet, professor Bruno de Oliveira Rodrigues, disse que o evento ocorre duas vezes ao ano e, no final, são escolhidos dois grupos para organizarem a próxima edição. Ele explicou que os três eixos norteadores da Universidade - ensino, pesquisa e extensão - foram debatidos entre os grupos durante o encontro. Para ele, o PET é uma política de produzir experiências sofisticadas ainda no âmbito da graduação. 200 estudantes participam do Interpet 2024, divididos em 14 grupos da Ufam e outro do Instituto Federal do Amazonas (Ifam).

Na ocasião, os pró-reitores de Ensino de Graduação, de Pesquisa e Pós-Graduação e de Extensão, professores David Neto, Adriana Malheiro e Almir Menezes, proferiram suas falas numa mesa redonda,  onde destacaram a importância da interlocução entre os eixos ensino, pesquisa e extensão como fator de transformação social. O evento foi mediado pelo tutor do Pet Medicina, professor Plínio José Cavalcante Monteiro.

Aprendizagem 

Seguindo a programação, o pró-reitor da Proeg, professor David Lopes Neto, iniciou a discussão. Ele destacou que a produção de conhecimento no âmbito do Pet é essencial para quem produz na Universidade, trazendo um resultado amplo e transformador tanto na formação profissional quanto no aspecto de cidadania dos graduandos. O pró-reitor acredita que isso vai ao encontro do projeto pedagógico institucional e dos cursos, alinhando-se ao tripé de sustentação da universidade pública. Ele acredita na interação entre os tutores e petianos, e que ela vem como um exemplo promissor de modelo para toda a Universidade. 

Em dado momento, o professor David Lopes Neto informou aos petianos que quando são enviados os relatórios dos programas PET, a gestão da Proeg os considera como verdadeiros ‘locus de aprendizagem significativa’, ou seja, espaços de aprendizado intenso. Ele salientou que o estudante de graduação deve passar por experiências como o Pet,  acrescentando: “Com isso, a Universidade conseguirá multiplicar essa ação, de forma que possa fazer acontecer, isto é, aprender a ser e a fazer, para que essa atividade esteja disponível em qualquer espaço de aprendizagem, não somente no contexto da sala de aula, mas em qualquer ambiente mais amplo”.

Aplicabilidade 

No âmbito da Propesp, a professora Adriana Malheiro destacou a importância da interação entre ensino, pesquisa e extensão, acrescentando a inovação como um processo transformador. Ela abordou o ensino como um produtor de conhecimento que, quando acumulado, deve ser direcionado para a resolução de problemas. Dessa forma, Malheiro discorreu sobre o apoio da Propesp ao longo do processo investigativo, aprimorando-o e, posteriormente, encaminhando sua aplicabilidade junto à comunidade, ou seja, fazendo a inserção universitária na sociedade por meio da pesquisa. Para a pró-reitora, a inter-relação da produção de conhecimento é uma forma profícua de criar a interação entre os setores da Universidade e, consequentemente, fortalecer o retorno do conhecimento à sociedade, de forma que isso traduza como fator de impacto social.   

Indissociabilidade 

Após contabilizar um número expressivo de Pets no Brasil, envolvendo mais de 8 mil estudantes, o professor Almir Menezes, pró-reitor de Extensão, disse que esse número se trata de uma parcela privilegiada diante de uma realidade nacional que ainda apresenta um conjunto de problemas sociais, culturais e educacionais. Para além do compromisso junto ao Programa, o pró-reitor acredita que ele deve ser ampliado de modo que os estudantes se sintam desafiados a trabalhar perante as problemáticas existentes no país. “Esse é o nosso compromisso cotidiano”, completou ele.

“A extensão universitária é uma dimensão formativa do projeto político, pedagógico, emancipatório civilizacional, a partir da Constituição de 1988”, expôs o professor. Segundo ele, para além do princípio da dignidade da pessoa humana, o princípio da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão também não pode ser visto com disparidade e pouca importância, indicando que é preciso ainda avançar nesse aspecto.

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