Após defesa de memorial, docente Ana Cristina Belarmino de Oliveira torna-se titular
A professora Ana Cristina Belarmino de Oliveira apresentou, na manhã desta terça-feira, 17, no Auditório do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Memorial Acadêmico referente aos seus 30 anos de trajetória profissional. A defesa faz parte da etapa de promoção funcional à classe para professor titular.
A comissão especial de avaliação foi presidida pelo docente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Antônio José Inhamuns da Silva e composta pelos professores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Sidineia Aparecida Amadio, Edinaldo Nelson dos Santos Silva e Maria Aparecida de Jesus.
Na oportunidade, a professora pernambucana lembrou que chegou ao Amazonas com 22 anos e as conquistas, momentos felizes, desencontros e decepções resultaram na sua formação como mulher, mãe, esposa, filha, irmã, amiga e professora. “Hoje, eu me sinto aquela garota que entrou na Ufam, há 30 anos, com o mesmo nervosismo. Mostrei que o caminho que escolhi sempre foi com a intenção de fazer o meu melhor. Agora, como professora titular, imagino que minha contribuição será adicional, com mais calma e tranquilidade”, ponderou a docente.
Ensino, Pesquisa, Extensão e gestão
Apaixonada pelo mar, o desafio da docente foi trabalhar com rio. Ligada ao Departamento de Ciências Pesqueiras (Depesca/Fca), a professora Ana Cristina Belarmino de Oliveira iniciou carreira na Ufam, em 1989, e um dos primeiras atividades foi participar da elaboração da grade curricular do curso de Engenharia de Pesca. A docente ministrou 16 disciplinas durante a carreira, orientou 27 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), nove alunos em estágio curricular e 32 em Iniciação Científica (Pibic). Além de publicar mais de 43 trabalhos em eventos científicos e, atualmente, coordenar o Laboratório de Matérias Primas Aquícolas.
As orientações na pós-graduação incluíram três alunos de especialização em Aquicultura (Inpa/Ufam), cinco alunos de mestrado e uma coorientação de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos (PPGCIPET). Foram 35 participações em bancas de mestrado e doutorado, 25 bancas de qualificações em mestrado e doutorado e 39 bancas de Conclusão de Curso de graduação/estágio.
Na Pesquisa, participou diretamente de mais nove projetos, incluindo o mais recente projeto intitulado ‘Otimizações na qualidade da ração e no manejo alimentar para aumentar a competitividade da piscicultura no Amazonas’ (2019 – 2021) realizado junto ao Grupo de pesquisa multi-institucional, coordenado pela pesquisadora Ligia Uribe Gonçalves do Inpa e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
A participação em projetos de Extensão foi marcada por orientações de alunos do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) e Programa Atividade Curricular de Extensão (Pace) em atividade na comunidade de São João do Tupé –REDES-Tupé. O trabalho rendeu duas premiações no Concurso Banco Real Universidade Solidária (Unisol).
As atividades de gestão foram marcadas pela coordenação do Colegiado do curso Engenharia de Pesca, Chefia de Departamento de Ciências Pesqueiras e membro do Conselho de Pesca e Aquicultura do Estado do Amazonas entre 2010 e 2012. Desde 2006, a professora faz parte do Banco de Avaliadores Institucionais do Ministério da Educação.
Outra atividade de destaque foi a presidência, em 1997, e a participação como membro da diretoria executiva, entre 2012 e 2016, da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua). A professora relembrou da missão institucional da Ufam para fazer um apanhado geral da sua contribuição.
“Cultivar o saber em todas as áreas do conhecimento por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, contribuindo para a formação de cidadãos e o desenvolvimento da Amazônia. Foi com essa ideia na cabeça que, durante os últimos 30 anos, me dediquei à carreira docente alicerçada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão”, destacou.
A docente falou também da troca com os colegas e discentes. “Ao trabalhar na construção do curso de Engenharia de Pesca, aprendi que sem os colegas não teria alcançado os objetivos, as metas e os sonhos. Compreendi que os alunos nos enriquecem como pessoa e nos ensinam que é preciso aprender todos os dias com nossos erros e nos regozijarmos das conquistas alcançadas com humildade”, finalizou.
Sobre a professora
Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1983), mestrado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994) e doutorado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA da Universidade de São Paulo (2003). Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Engenharia de Pesca, atuando principalmente nos seguintes temas: Nutrição e alimentação de peixes, Ecologia isotópica, Relações tróficas, Ecossistemas Amazônicos.
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