Na defesa do Memorial Acadêmico, professor Francisco Adilson dos Santos Hara narra trajetória e recebe promoção a titular
O professor Francisco Adilson dos Santos Hara, ligado à Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (FCA/Ufam), tornou-se professor titular na manhã desta sexta-feira, 29. A defesa do Memorial Acadêmico ocorreu no Bloco 2 da FCA, localizado do setor Sul do Campus Universitário e é requisito para tornar-se professor titular, o mais elevado nível da carreira docente.
A Comissão Especial de Avaliação foi presidida pelo professor Neliton Marques da Silva (FCA) e composta pelos membros Paulo de Tarso Barbosa Sampaio (Inpa); Luiz Augusto Gomes de Souza (Inpa) e Antônio de Lima Mesquita (UEA). De acordo com o professor Francisco Adilson Hara, agora titular da Ufam, este é o momento que representa a maturidade acadêmica alcançada pelo docente do Magistério Superior.
“Chegar ao topo da carreira é um momento especial para qualquer professor da Ufam. Você chega a Titular em função do que produziu na Instituição. Destaco a minha experiência como gestor, atuando como pró-reitor adjunto de Ensino de Graduação da Universidade Federal do Amazonas, entre os anos 2009 e 2013, e na função de diretor do Departamento de Programas Acadêmicos de 2013 a 2017”, disse.
O professor lembrou, ainda, que, embora represente o topo da carreira, não é a finalização do trabalho. “Eu sei que agora a responsabilidade aumenta porque, como professor titular, significa que tenho que produzir mais. É a continuidade do trabalho, da realização de sonhos e a continuidade de desenvolver mais projetos para a Instituição”, completou.
Ensino, Pesquisa e Extensão
O docente Francisco Adilson Hara é engenheiro agrônomo pela Ufam e durante a graduação, como participante do Projeto de Extensão ‘Hortas, pomares e saúde básica na Comunidade de Paricatuba’, teve a sua primeira experiência em comunidades agrícolas. A escolha pela Agronomia veio a partir das vivências familiares. “A Agronomia sempre foi a minha paixão. Meu pai e meu avô sempre estiveram ligados à terra”, expôs.
Foi após a defesa da monografia intitulada “Efeito de um resíduo industrial da Zona Franca de Manaus em solos da Amazônia” que o professor decidiu seguir carreira acadêmica. Fez mestrado em Ciências Agrárias pela Ufam e doutorado em Ecologia pelo Programa de Biologia Tropical e Recursos Naturais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Além de ser especialista em ‘Elaboração de material didático para EaD’.
Atuou como professor na Educação Básica, em 1995, na Escola Estadual Tiradentes. Em seguida, dedicou-se à Educação Superior. Trabalhou na Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam) e, na Ufam, teve vínculo de professor substituto, credenciado e efetivo. Ministrou disciplinas na graduação presencial, tais como: Meteorologia e Climatologia Agrícola, Microbiologia do Solo e Ciclagem de Nutrientes, Engenharia e Ciências do Ambiente. Já na graduação Educação a Distância, a experiência foi com as disciplinas Metodologia do Trabalho Científico e Estatística e Planejamento Experimental. A atuação na pós-graduação foi no Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais (PPG-Cifa), ministrando as disciplinas Metodologia da Pesquisa em Ciências Florestais e Ambientais, Microbiologia de Solos Florestais e Climatologia da Amazônia.
Orientou dissertações, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), projetos de Iniciação Científica, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), e, Extensão, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex). Além de coordenar e participar de projetos de pesquisa. Atualmente, há dois projetos em andamento. São eles: ‘Estudo da potencialidade de isolados de rizóbios como rizobactérias promotoras de crescimento de plantas (RPCP) não leguminosas de interesse agrícola’ e ‘Formação e avaliação do banco de germoplasma de rizóbios da Faculdade de Ciências Agrárias/Ufam’, ambos com financiamento próprio da Ufam.
Durante a defesa do Memorial, o docente salientou a importância na participação de bancas durante a carreira. Ao todo, foram 118 bancas que incluíram graduação, especialização, mestrado, doutorado e qualificações de mestrado e doutorado. “Participar de bancas é um dos momentos em que podemos contribuir para a construção do conhecimento científico. A troca de experiências é fundamental nesse processo”, analisou.
As publicações abrangem livro, capítulos de livros, periódicos e participação em eventos. Há também atuação em palestras, mesas-redondas, painéis, comissões, grupos de trabalho, bancas de concurso e avaliador/consultor ad hoc.
Gestão
Atuou na coordenação do curso de Agronomia, entre 2006 e 2009, onde coordenou a reforma curricular do curso. Entre 2009 e 2013, foi pró-reitor adjunto de Ensino de Graduação da Ufam e, de 2013 a 2017, assumiu a diretoria do Departamento de Programas Acadêmicos. “Aprendi muito durante os anos dedicados à gestão. Esse foi um grande desafio profissional porque exigiu maturidade, conhecimento técnico e regimental e habilidade política”, frisou o docente.
Nesse período, trabalhou na administração (planejamento e operacionalização) do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Pafor). As ações resultaram na formação de mais de 4.000 professores da Educação Básica, distribuídos em 45 turmas, além das coordenações do Programa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid) e do Programa de Licenciatura Indígena (Prolind).
Próximos passos
O professor Francisco Adilson Hara planeja expandir as pesquisas na área de Microbiologia do Solo e iniciar o processo de implantação do curso de pós-graduação na área de Solos na FCA.
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