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Professor Edinbergh Caldas de Oliveira, que atua no ICB desde 1990, agora é docente titular da Ufam

  • Publicado: Quarta, 13 de Novembro de 2019, 17h29
  • Última atualização em Quinta, 20 de Fevereiro de 2020, 15h53
  • Acessos: 1939

Desde muito jovem dividido entre a música e a Biologia – em especial os peixes, Edinbergh Caldas de Oliveira consagrou, na tarde do dia 13 de novembro de 2019, a trajetória acadêmica que construiu como docente e pesquisador na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde atua desde dezembro de 1990. Aprovado o Memorial acadêmico defendido perante uma qualificada banca examinadora, o professor cumpriu todos os requisitos exigidos para ascender ao último nível da carreira do Magistério Superior, qual seja o de Titular.

A Portaria nº 3.218/2019 – Gabinete do Reitor foi o documento que definiu a composição da Comissão Especial de Avaliação para Professor Titular. Participaram como membros titulares os professores Spartaco Astofi Filho (Ufam), Lúcia Helena Rapp Py Daniel (Inpa), Maria das Graças Vale Barbosa Guerra (FMT) e Elizabeth Gusmão Affonso (Inpa). Como suplentes, constaram os nomes dos professores Nabor da Silveira Pio (Ufam) e Cláudia Pereira de Deus (Inpa). Todos estiveram presentes para prestigiar a defesa.

Para ele, “tornar-se Titular da Ufam é a coroação de uma carreira acadêmica em que prezou pelo aprendizado com mestres como o professor Paulo Burhein”, de quem se recordou com carinho e admiração e a quem prestou uma homenagem nos momentos iniciais da fala.

Graduação, mestrado e doutorado

Em poucos minutos de explanação, já foi possível definir o agora docente titular da Ufam como uma pessoa eclética. Apaixonado por música, ele chegou a obter, inclusive, a carteira de habilitação profissional nessa área. Mas foi mesmo na Ciência – e na vida acadêmica – que ele encontrou sua principal motivação. Aos 17 anos, fora aprovado na prova de ingresso para o curso de Química na então Escola Técnica (ETFAM), hoje Instituto Federal de Educação (Ifam). Naquele período, ganhou experiência numa empresa do ramo de cervejas e foi aprovado num concurso público para o cargo de Analista Químico.

Só que a paixão pela Biologia falou mais alto e, em 1987, iniciou a graduação na então Universidade do Amazonas (UA). Aqui, em agosto de 1990, obteve o grau do biólogo. Naquele mesmo ano, em outubro, prestou o concurso para o quadro docente da Instituição, tendo sido aprovado em 1º lugar e ingressando como professor no dia 10 de dezembro de 1990. “Como eu só tinha a graduação, ingressei na classe de Auxiliar I, lecionando na área de Zoologia Geral”, recordou o docente, ao descrever, em resumo, como fora a primeira fase da trajetória no magistério superior.

Ele foi o primeiro a lecionar a primeira aula de um curso de Biologia da Ufam ministrado fora da capital amazonense. “Fomos a Parintins, pelo Proing [Programa de Interiorização da Graduação], onde eu tive a oportunidade de ser o primeiro professor daquela turma do curso de Biologia. Na época, o professor Marcus Barros era o reitor”, disse o orador, em referência ao convite que lhe fora feito quando ele ainda estava nos primeiros anos como docente.

Já em fevereiro de 1994, foi aprovado para cursar mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (PPG-BADPI) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O trabalho intenso ao longo de quilômetros de rios lhe rendeu, além de importantes publicações e parcerias acadêmico-científicas, graves problemas na coluna. “Foi muita dedicação a essa pesquisa, especialmente na parte de coleta de dados em campo, quando precisava manusear equipamentos pesados. Foi assim que eu tive lesões nas vértebras L4 e L5. Mais tarde, ainda viriam mais quatro anos de doutorado (risos)”, lembrou.

E assim foi. No doutorado, iniciado em 1999 e concluído em 2003, o docente avançou ainda mais no tema da distribuição de espécies de peixes, estudando precisamente a “Abundância e distribuição do Ictioplâncton na Área da Estação Ecológica de Anavilhanas”, localizada no Rio Negro. Para financiar a pesquisa, o professor inscreveu o projeto no World Wide Fund for Nature (WWF), uma ONG internacional, tendo sido aprovada a iniciativa. Algum tempo depois, também recebeu financiamento da Fundação Boticário de Proteção à Natureza. Em 2001, realizou um dos trabalhos mais significativos: a descrição de sete novas espécies de peixes.

Interiorização e pós-graduação

Nesse ínterim, as atividades na graduação e na pós-graduação não pararam. O docente atuava, por exemplo, no Programa Especial de Formação Docente (PEFD), por meio do qual a Ufam levou formação superior a municípios como Eirunepé, Itacoatiara, Parintins, Benjamin Constante, Lábrea, entre outros. “Pelo Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), entre os anos 2006 e 2009, atuamos, por exemplo, em São Gabriel da Cachoeira, Maués, Fonte Boa, Manicoré e Eirunepé”, destacou.

Outras importantes conquistas do ICB também tiveram a participação ativa do professor Edinbergh Caldas, a exemplo da criação do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica da Ufam (PPGDIVIBIO), onde leciona sobre Diversidade de Peixes; e da criação do curso de Licenciatura em Biologia noturno, com recursos advindos do Reuni [Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras].

Além disso, atua no PPG em Ciência Animal da Universidade Federal do Pará (UFPA), e já participou de dezenas de bancas acadêmicas, de seleção para professor efetivo. Quanto à produção científica, somente entre os anos de 2004 e 2009, foram publicados por ele dez estudos, sendo um dos principais, em 2008, sobre a “Ontogenia do Mapará”.

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