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Projeto "Rios On Line", do departamento de Geociências, será avaliado pela Câmara de Extensão

  • Publicado: Quarta, 11 de Maio de 2022, 08h22
  • Última atualização em Quarta, 11 de Maio de 2022, 08h45
  • Acessos: 766

Por Juscelino Simões

Equipe Ascom

O projeto de ciência cidadã “Rios On Line”, que envolve a população da Amazônia e a academia, com objetivo de acompanhar a situação dos rios da Bacia Amazônica e suas relações com a comunidade da região em eventos hidrológicos extremos, está sendo preparado para ser avaliado na próxima reunião da câmara de extensão e poderá ser aprovado como um projeto institucionalizado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O projeto originou-se a partir de 2005, após um evento de seca extrema, a partir da ideia de um grupo de docentes e discentes da Ufam, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em razão das dificuldades de acesso e da necessidade de suporte aos ribeirinhos na Amazônia. O grupo vem construindo, desde então, a plataforma Rios On Line com objetivo de ajudar a entender as consequências hidrológicas relacionadas a eventos extremos (inundações e secas severas), bem como a demais riscos geológicos naturais ou antropogênicas e propor ações mitigatórias.

Rios OnLine se aproveita do fato de que hoje a internet tem conseguindo chegar em muitos lugares no interior da Amazônia. Deste modo hoje é possível produzir, trocar e integrar conhecimentos da academia com ribeirinhos, gerando soluções compartilhadas e melhorando a resiliência das comunidades face às mudanças climáticas e demais eventos catastróficos.

No entanto, no século XXI, já foram registrados eventos nos anos de 2009, 2012, 2013, 2014, 2015 e mais recentemente os de 2018 e de 2021, sendo que neste ano de 2022 outro evento forte se avizinha. Portanto ocorrendo numa frequência bem maior. Isso sem mencionar os eventos de seca extrema dos rios, as terras caídas e o estresse que o próprio homem tem causado ao meio fluvial com a operação de mineração ilegal, a instalação de grandes centrais hidrelétricas, lançamento de esgotos, entre outros eventos. Além disso, muitas doenças têm relações importantes com o funcionamento do ciclo hidrológico, como é o caso da malária. Endemia que, no Brasil, tem na Amazônia mais de 90% dos casos, sabe-se que esse percentual elevado apresenta uma estreita relação entre o número de casos registrados desta doença e a variabilidade do nível dos rios e até mesmo com a cor das águas desses rios.

“Somos um projeto de ciência cidadã envolvendo ribeirinhos e a academia para acompanhar a situação dos rios Amazônicos e suas relações com as populações locais em especial os eventos hidrológicos extremos. Houve uma fase inicial onde estávamos tentando nos viabilizar que durou até 2017. Daí por diante iniciamos uma nova fase para nos estabelecermos como grupo. Hoje a iniciativa é tocada pelo Grupo de Pesquisas H2A (Ufam/CNPq) com apoio do Observatório HYBAM (Ufam/IRD-França). Depois de 2019 entramos na fase atual onde estamos com uma rede de pessoas em várias cidades, inclusive fora do Brasil mandando e trocando dados, informações e fotos (Instagram @rios_online). Numa nova fase estamos nos mobilizando para irmos a algumas localidades realizar oficinas e rodas de conversa sobre as questões que envolvem as inundações e as secas severas. Fazemos parte de uma grande equipe de voluntários que ajudam a manter a ideia "Rios On Line" de pé e que conta também com apoio de voluntários em várias cidades do interior do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e Pará. A institucionalização do projeto como Programa de Extensão nos dará a possibilidade de juntar mais parceiros e atingir uma comunidade maior ainda.”, destacou o coordenador do projeto, professor Naziano Pantoja Filizola Junior.

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