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‘Pé-de-Pincha’ realiza soltura de filhotes de tartarugas da Amazônia

  • Publicado: Quarta, 16 de Fevereiro de 2022, 14h01
  • Última atualização em Quarta, 16 de Fevereiro de 2022, 14h29
  • Acessos: 638

Por Juscelino Simões

Equipe Ascom

O Projeto ‘Pé-de-Pincha’ realiza nesta quinta-feira, 17, na comunidade de Igapó Açu (na BR 319) nos municípios de Borba e Manicoré, no Amazonas, a ‘soltura’ de filhotes de quelônios (tartarugas, tracajás e Iaçás), que também ocorre em Terra Santa (comunidade Itaubal) no estado do Pará. A ação teve início no dia 11 de fevereiro de 2022, no município de Nhamundá, na comunidade Coró-Coró (foram soltos 50 mil filhotes) e termina no dia 9 de abril em Itacoatiara.

O Projeto de Manejo Comunitário de Quelônios, ‘Pé-de-pincha’, é um programa institucional de extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que completa 23 anos em 2022, e atua em mais de 118 comunidades em 15 municípios do Amazonas e 3 do Oeste do Pará, em parceria com as comunidades, Ibama, secretarias estaduais e municipais de Meio Ambiente. Tendo apoio da Fapeam, Mineração Rio do Norte (MRN) e Instituto Claro. O Projeto é coordenado pelo professor da FCA, Paulo Andrade, e vice- coordenador a professora do ICB, Aldeniza Cardoso de Lima.

O Projeto já devolveu para a natureza mais de 6,5 milhões de filhotes de tracajás, tartarugas e Iaçás, e a capacitar mais de 180 agentes ambientais voluntários e de 650 professores locais em Educação Ambiental. O projeto atende diretamente há mais de 32 mil ribeirinhos.

As ações de conservação e proteção dos quelônios são feitas em quatro etapas: reuniões de sensibilização nas comunidades e capacitação de voluntários comunitários e na Ufam; coleta: quando os voluntários transferem os ninhos de áreas ameaçadas para locais protegidos nas comunidades com a ajuda das equipes da Ufam;  eclosão: ocorre 60 dias depois da coleta, quando nascem os filhotes, que são mantidos em berçários até ficarem maiores e mais resistentes; e soltura: ocorre de dois a três meses após a eclosão, quando as comunidades organizam eventos de confraternização e soltam os filhotes na natureza. Todas essas etapas duram cerca de dez meses iniciando em julho de um ano e terminando com as solturas até abril do outro ano.

“Nós estamos iniciando a nossa programação de soltura de filhotes de quelônios nas 118 comunidades do projeto neste ano. O projeto teve iniciou em 1999, em Terra Santa, no Pará. Comunitários liderados pelo senhor Manuelino Bentes nos procuraram na Ufam para ajudá-los a proteger o Lago do Piraruacá, que era invadido por barcos pesqueiros que levavam não só os peixes, mas também os quelônios. Então, em parceria com aqueles comunitários, o Ibama e a prefeitura local, começamos o trabalho em sete comunidades. No primeiro ano soltamos 9 mil filhotes. Hoje, 23 anos depois, o projeto se espalhou e atende a 118 comunidades em 15 municípios do Amazonas e três do Pará, devolvendo mais de 6 milhões de filhotes à Natureza. Isso é motivo de grande alegria para a gente, de poder ver como uma ideia simples, quando apoiada pelo conhecimento cientifico e por diversas parcerias, pode fazer a diferença  e aumentar sua abrangência ajudando as mais diversas localidades ribeirinhas na Amazônia. A Ufam cumpre seu papel de levar o conhecimento gerado e através da extensão ajudar as comunidades mais distantes em uma nova percepção de que conservar ajuda, não só a manter tartarugas e tracajás, mas também a eles próprios e a natureza. Nós e os alunos voluntários aprendemos muito com esses ribeirinhos, em todas as ações que anualmente realizamos. Um feliz intercâmbio do saber científico e do conhecimento tradicional”, afirmou o coordenador do Projeto Pé-de-Pincha, professor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/Ufam) Paulo César Machado Andrade.

Assista o vídeo “Amazônia: de predadores a voluntários para salvar as tartarugas” sobre o projeto em: https://fb.watch/bcv-RAGJul/  e artigo relacionado em: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2022-02/laudato-si-amazonia-tartarugas-agua-doce.html

 

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