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Novo serviço da Gerência de Telessaúde da Ufam proporciona capacitação para profissionais de saúde do interior do Amazonas

  • Publicado: Sexta, 26 de Julho de 2019, 12h49
  • Última atualização em Segunda, 29 de Julho de 2019, 09h00
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A Gerência Multidisciplinar de Telessaúde da Ufam (GMTS) ofertou oficina de “Eletrocardiograma aplicado à clinica médica” ministrado por videoconferência para médicos e enfermeiros do município de Humaitá.  A iniciativa é um projeto-piloto finalizado na tarde de quinta-feira, 25, a ser adotado para os demais municípios onde a Ufam possui sede permanente.

Oferecer formação em saúde de qualidade é um dos papéis da Gerência Multidisciplinar de Telessaúde da Ufam (GMTS), por isso, uma vez por semana o setor promoveu oficina para atualizar os profissionais da área de atenção básica sobre um dos exames mais importantes para o diagnóstico de doenças cardíacas, o eletrocardiograma. De acordo com a gerente do setor, as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo e, por isso, é necessário que os profissionais de saúde estejam aptos a reconhecê-las e tratá-las adequadamente. “Os municípios trabalham a atenção primária, então, a Universidade por meio, da GMTS, vem colaborar equipando, treinando, esses colegas dos municípios para identificar esses sinais, primeiro com o curso de ECG [eletrocardiograma] para que eles tenham o melhor manejo desse exame lá na ponta, já que são da atenção básica”, informa Adriane Diniz, gerente da GMTS Ufam.

Como primeira experiência em ensino a distância da GMTS, a oficina, ministrada em cinco módulos pelo médico cardiologista do Hospital Universitário Francisca Mendes, João Marcos Barbosa, foi bem avaliada pela gestora do setor. “Esse piloto teve uma boa resposta porque a unidade [de Humaitá] comprou a ideia. Eles se responsabilizaram, recrutaram os profissionais, os quais responderam de maneira bem positiva ao que foi apresentado. Nós parabenizamos o secretário de Saúde porque eles foram bem organizados. Os participantes assistiram a todos os cinco módulos e isso nós motiva a continuar com essa estratégia”, revelou.

Uma vez na semana os profissionais de Humaitá se reuniam na sala de aula equipada com os aparelhos de teleconferência, onde era feita a comunicação com o cardiologista João Marcos Barbosa, que por sua vez, ministrava o conteúdo da sala reservada na GMTS, localizada na Faculdade de Medicina da Ufam, em Manaus. “Nós buscamos os profissionais que são referência na área para apresentar os assuntos, muitos da Ufam, mas também de fora da Universidade”,  declarou.

Para o professor Pedro Elias, vice-coordenador da GMTS, o ensino à distância para profissionais de saúde oferece algumas vantagens, entre elas a economia de recursos.  “Esses profissionais não precisaram sair da cidade de Humaitá para serem capacitados. Outro ponto é a assistência, pois, os médicos estão na cidade caso haja algum problema grave. Essa é uma experiência que pode ser multiplicada. Há a previsão de oferecer novos cursos, para vários municípios, e sempre atuando nas localidades que a Ufam tem unidades acadêmicas”, indicou.

Ainda em 2019, existe a possibilidade de serem ofertados outros dois cursos com os temas: “Como fazer abordagem em pacientes com infarto agudo do miocárdio” e “Cuidados com feridas em pés diabéticos”. Profissionais de saúde de Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara e Parintins que queiram saber quais cursos serão realizados pela GMTS Ufam podem procurar o coordenador de telessaúde dos municípios e manifestar o interesse em participar ou sugerir novos temas a serem abordados. Também é possível assistir aos cursos presencialmente em Manaus, onde a Gerencia dispõe 20 vagas por curso.

De acordo com o médico responsável pelo curso, a possibilidade de levar capacitação para os médicos e enfermeiros do interior do Amazonas é uma importante ação para melhorar a saúde da população. “E muito importante essa expansão do conhecimento relacionada ao eletrocardiograma, que é um exame básico para os pacientes com doença no coração e até em outras situações, por exemplo, em risco cirúrgico, que é uma avaliação pré-operatória do paciente. É um exame feito na grande maioria dos pacientes e, portanto, o melhor conhecimento desse exame pelos profissionais é fundamental. Esse curso consegue amplificar esse conhecimento para que chegue aos mais diversos municípios”, disse João Marcos Barbosa. “O eletrocardiograma necessita muito da imagem. Você precisa apontar para uma determinada alteração, então, com a nossa tecnologia é possível mostrar bem essa imagem, o ponto específico da imagem que você quer que o aluno preste mais atenção, mesmo a distancia foi possível fazer isso”, expôs.

Lilian Valentin é uma das profissionais que participaram da oficina. Médica clínica geral de atenção básica em Humaitá, ela diz que o curso da GMTS foi muito proveitoso e que pretende fazer outros. “O curso é muito bom, ajuda muito a gente. O professor tem uma didática muito boa. Ele faz a gente compreender os detalhes mais importantes da aula. É uma forma de nos atualizarmos muito mais acessível em questão de tempo, de deslocamento e custo-benefício também. Valeu muito a pena”, declarou. “O projeto é muito bom. Como profissional, eu gostei muito. Eu tenho muito interesse. Se todos aderissem ao sistema, melhoraria muito, iria acrescentar muito aos profissionais. Faria bem a todos os municípios participantes”, comentou, ao sugerir um novo curso a ser ofertado: “temas da endocrinologia seriam bem interessantes porque a gente vê diariamente. Seria muito bom ser atualizado quanto a isso, por exemplo, diabetes é muito comum. O manejo da doença e das complicações ajudaria bastante”, completou.

Hudson Márcio Fortes é enfermeiro da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e participou do curso em Manaus. “Na nossa área a necessidade de atualização constante e nós contamos com o serviço de eletrocardiograma na nossa unidade, por isso, o curso contribui muito para a melhoria do atendimento aos pacientes”, pontuou.  “Minha avaliação é a melhor possível. O professor usou uma técnica muito boa. A turma foi muito colaborativa, cada um contribuiu bastante. Só tenho a agradecer pela oportunidade e espero participar de outros”, finalizou.

“Os alunos foram excelentes. Eu acho que a gente conseguiu transmitir esses conhecimentos sobre o eletrocardiograma e, principalmente, a aplicação clinica do exame; não somente dar o laudo do exame, mas saber como interpretar esse laudo e como utilizar na prática, no dia a dia com o paciente. Como as doenças cardiovasculares são muito comuns, esse exame é muito importante para todo o nosso Estado”, avaliou o professor João Marcos Barbosa. 

 

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