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Icet recebe Rede Rhisa. Comunidade de Itacoatiara pôde conhecer o serviço

  • Publicado: Quarta, 01 de Setembro de 2021, 11h45
  • Última atualização em Quarta, 01 de Setembro de 2021, 11h45
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Educadores, pesquisadores, representantes de associações, cooperativas e gestores públicos que atuam com Ciência, Tecnologia e Inovação no município de Itacoatiara (distante 230 quilômetros de Manaus) conheceram, na manhã desta terça-feira (31), a Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade da Amazônia (Rede Rhisa). A mobilização reuniu os participantes no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Icet/Ufam).

Durante o encontro, o grupo de Itacoatiara conheceu o funcionamento da Rede e como o projeto pode ajudar a expandir e conectar os diversos públicos que compõem o ecossistema do desenvolvimento sustentável na Amazônia Ocidental.

A Rhisa é uma iniciativa coordenada pela Secretaria Executiva de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas (Sedecti), implementada com a cooperação do Instituto Acariquara e da Universidade Federal do Amazonas, e apoio financeiro do Instituto Clima e Sociedade (ICS).

Ao apresentar a Rede Rhisa, a coordenadora do projeto e secretária executiva de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Tatiana Schor, destacou a qualificação dos educadores e pesquisadores do município e ressaltou a importância que a Rede Rhisa terá ao promover a conexão entre os diversos atores em prol de um desenvolvimento econômico pautado na ciência, na tecnologia, na inovação e tendo como premissa, uma economia justa e igualitária na Amazônia.

“Um dos grandes desafios para a formulação de políticas públicas para o fortalecimento da CT & I nos Estados é reconhecer quem está nos territórios. Um levantamento feito pela Sedecti revelou que há em Itacoatiara, 73 doutores, pessoas altamente qualificadas e que estão aqui. Diante disso, identificamos que era preciso fazer com que essa inteligência se conectasse, então nós construímos a Rhisa que tem como finalidade primeira, articular e reconhecer as inteligências que estão no Amazonas, depois na Amazônia, e fazer com que junto a elas, a gente traga as associações, cooperativas, seja do extrativismo, da agricultura familiar, do setor privado e a gestão pública”, afirmou Schor.

A programação em Itacoatiara envolveu uma apresentação sobre os primeiros resultados da plataforma, a qual já reúne uma base de dados com mais de 100 mil pesquisadores e instituições e que em breve também estará disponível para acesso via aplicativo.

Para o coordenador técnico da Rede Rhisa, professor Henrique Pereira, a receptividade dos itacoatiarenses quanto ao projeto reforçou a necessidade de ampliar a adesão de novos atores permitindo uma participação ativa dentro da ferramenta, promovendo uma maior aproximação entre a comunidade científica e o terceiro setor.

“Essa mobilização aqui em Itacoatiara só veio fortalecer a ideia de que a Rede é uma colaboração não apenas entre pesquisadores, cientistas, mas principalmente entre os cientistas com outros atores da sociedade e muito especialmente com os agricultores, com as agricultoras e as populações tradicionais da região amazônica. Aqui temos uma oportunidade de aproximar a academia, aproximar a ciência daquelas populações que não apenas são a própria característica de ocupação da nossa região, como também a nossa grande expectativa, a nossa grande esperança de que haja um desenvolvimento em bases locais e um desenvolvimento sustentável”, comemorou Henrique Pereira.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jorio Veiga, também participou da mobilização da Rede Rhisa em Itacoatiara e ressaltou a importância do ingresso de segmentos da sociedade no âmbito de CT & I para a promoção do desenvolvimento sustentável. "A Rhisa surgiu para integrar pesquisadores e a gente viu que pode ser muito mais que isso, pois é possível desenvolver atividades agropecuárias, industriais e integrar esse conhecimento e gerar produtos até mesmo para fora”, afirmou.

A artesã Maria do Socorro Rodrigues da Silva, moradora do lago Babaçu, na comunidade do Rio Arari, está confiante de que a Rede Rhisa poderá ajudar na difusão do conhecimento junto às comunidades ribeirinhas. "Sem dúvida, a Rede Rhisa vai levar o conhecimento aos nossos filhos da zona rural sem que eles tenham a necessidade de se deslocar do seu pedacinho de chão, que a pesquisa chegue lá pra eles e assim possam desenvolver suas pesquisas”, declarou.

A contribuição da Rede Rhisa com as populações tradicionais ao promover a integração com os pesquisadores foi destacada pela direção das instituições de ensino e pesquisa. "Será fundamental essa interligação que será feita entre os pesquisadores. Tenho confiança de que a Rede poderá proporcionar resolutividade para diversas situações, integrando com pesquisadores nacionais e ribeirinhos e as associações e cooperativas”, disse Jeoni Maia Correia, diretor do Icet/Ufam.

A possibilidade da Rede Rhisa assegurar também a participação de instituições particulares de ensino e pesquisa foi comemorada pelos docentes. “Muitas vezes quando a gente fala sobre a questão da importância da pesquisa, as universidades particulares são deixadas de lado e essa preocupação em aproximar também as instituições particulares das públicas é positiva”, destacou a educadora Suelen Maia, representante do Centro Universitário UniBTa.

A programação em Itacoatiara foi a quarta de uma série de mobilizações que as organizações desenvolvedoras da Rede Rhisa realizarão neste ano em outros sete municípios do Amazonas, visando apresentar as estratégias e as ferramentas que serão utilizadas, a fim de formar uma densa rede colaborativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação regional, para a troca de informações e experiências, apoio mútuo a projetos e interlocução com setores da sociedade, empresas e governos.

Coari e Tefé, no Médio Solimões e São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro, já receberam a Caravana da Rede Rhisa.

 

 

 

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