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Estudantes da Ufam vencem competição de natação
Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam
Caio Sakamoto e Felipe Andrade, estudantes de Ciências Biológicas e Direito, conquistaram medalhas de ouro durante o II Circuito de Graduados, realizado pela Federação Amazonense de Desportos Aquáticos (Fada). A competição ocorreu na manhã e na tarde de sábado (28), no Clube do Serviço Social da Indústria (Sesi).
Com 20 e 19 anos respectivamente, Caio e Felipe são destaques da natação amazonense, com vitórias e recordes em torneios como o Norte/Nordeste de natação. Além disso, os dois já fizeram parte da seleção brasileira em competições como a Copa Pacífico. No II Circuito de Graduados, Caio conquistou medalha em todas as provas que participou, sendo ouro nas quatro individuais (100m borboleta, 100m costas, 200m medley e 200m livre) e duas nos revezamentos (4x50 revezamento livre - ouro e 4x50 revezamento medley - prata). O atleta estabeleceu novo recorde do campeonato de 2m01s84 nos 200 metros livre.
"Os resultados foram bons, mas sempre devemos querer mais e mais. Em três provas, consegui chegar próximo das minhas melhores marcas pessoais e nos 200m Livre, consegui melhorar meu tempo e acabei batendo o recorde da competição. Cada competição é uma oportunidade que tenho para mostrar que estou no caminho certo com meu esforço, dedicação e treino, então sempre encaro cada competição como única, até mesmo para sempre me manter competitivo", declara.
Felipe nadou em duas provas apenas e se saiu bem em ambas, conquistando o segundo lugar nos 200 metros medley e o ouro no revezamento 4x50 medley. "Nadei a prova dos 200 medley e fiquei em segundo lugar na categoria. Apesar de não ser uma das minha principais provas e nem de ter feito o melhor tempo, foi uma prova boa pela qualidade técnica que eu consegui impor nela", avalia. "O resultado do revezamento foi muito bom. Tem mostrado que a nossa equipe está nadando bem constantemente e, quando estivermos no momento certo do treinamento, poderemos realizar marcas impressionantes", comenta.
Cursando o 4°e o 2° períodos de Ciências Biológicas e de Direito, os jovens são trunfos da Ufam para os Jogos Universitários Brasileiros de 2021, que serão realizados de 10 a 18 de outubro, em Brasília. "Os 100m e 200m costas e 200m e 400m medley são as quatro provas que eu nado desde pequeno e me destaco. Foram nelas que eu me classifiquei melhor em campeonatos brasileiros e Norte/Nordeste e venci alguns", conta Caio Sakamoto. "Sou o segundo melhor nadador na prova dos 100m borboleta da história do Amazonas, atrás só do Eduardo Picinini, que é o único nadador olímpico do estado", revela Felipe Andrade.
Apaixonado pela natação, Caio lembra que o esporte entrou em sua vida como recomendação médica, aos quatro anos, para prevenir a obesidade infantil e aos seis já estava competindo. "Comecei aos quatro anos e nunca fiquei sem nadar desde então. O sentimento pela natação é muito grande. Comecei competindo bem pequeno, com seis anos, aqui no Amazonas, mas com 12 anos comecei a participar de competições Norte/Nordeste e a me destacar", conta. "A natação para mim é um esporte que amo e um hobby que levo a sério", completa.
Já Felipe iniciou no esporte por influencia da família. "Eu nado desde os meus três anos e comecei a competir com cinco. Fui muito influenciado pelo meu irmão que também nadava. Como meus pais sempre nos incentivaram a ter uma vida saudável, sempre deram todo o apoio possível para eu nadar", comenta.
Com treinos de duas horas de segunda a sábado somados às horas dedicadas à preparação física fora da piscina, o estudante investe boa parte de seu tempo ao esporte. Daí, os bons resultados do sábado. Segundo o atleta, a prova dos 200 metros livre foi a mais difícil do dia devido à falta de hábito em praticá-la. "Eu fiquei muito feliz porque foi um resultado que eu não esperava. A gente sempre sonha em fazer um tempo melhor e como era uma prova que eu não tenho costume de nadar, eu me surpreendi. Eu gostei muito. Fiquei muito feliz com o recorde e por ter conseguido baixar o meu tempo", disse.
A rotina de treinos de Felipe se assemelha à do colega do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). De segunda a sábado, das 7h às 9h30, Felipe tem compromisso certo: a piscina. Depois disso, tem o treino na academia por mais uma hora. Tudo por amor à natação. "Não me vejo sem praticar esse esporte. Por mais que em alguns momentos seja extremamente desgastante, chegou num nível em que não consigo viver sem ele", expressa o atleta.
Para os JUBs, a expectativa de bons resultados por parte dos dois nadadores é grande. "Os JUBs é uma competição muito importante para nós, lá estaremos competindo com os melhores do Brasil que já participam de campeonatos mundiais e seletivas olímpicas", revela Caio. "A gente vem treinando desde o ano passado focando no JUBs pelo fato de ser uma competição de nível nacional", afirma. "A preparação está sendo feita com os treinos na piscina juntamente com treino de força na academia. Ambos os treinos estão visando aumentar a explosão e a força que eu posso impor dentro da piscina", expôs Felipe. "Se tudo for conforme o esperado, acredito que meus melhores tempos possam vir nessa competição", conclui.
Apesar de serem atletas de alto rendimento, os jovens ainda não podem ser considerados profissionais da natação por falta de patrocínio. "É bem complicado se tornar um atleta profissional de natação no nosso estado. Falta muito investimento e apoio para que isso se torne possível", relata, Felipe. "Eu tentei profissionalizar a natação, mas não consegui porque aqui a sociedade não leva o esporte tão a sério e não investe no atleta. Isso é triste, mas a gente segue forte porque a gente ama esse esporte", declara Caio.
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