Ufam participa de lançamento de rede de cooperação científica em São Gabriel da Cachoeira
Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom Ufam
Com informações e fotos da Rede Rhisa
A iniciativa visa promover uma conexão com mais de 40 mil pesquisadores e entidades por meio de uma plataforma voltada à divulgação e a promoção de projetos e soluções no campo da ciência e da tecnologia em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia. A Ufam é parceira no projeto. Mais de trinta pesquisadores, acadêmicos, representantes indígenas e de instituições de ensino e pesquisa participaram nesta quinta-feira (22), no município de São Gabriel da Cachoeira, distante 820 quilômetros de Manaus, do lançamento da Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade da Amazônia (Rede Rhisa).
A Rede Rhisa é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) em parceria com a Ufam e o Instituto Acariquara. A Rede conta com o apoio do Instituto Clima e Sociedades. Durante o lançamento da Rede Rhisa, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento da plataforma e como aderir ao projeto.
“Com a Rede Rhisa, nós teremos disponível soluções que possam promover o bem estar social, a geração de renda, mais trabalho e oportunidades de negócios para a sociedade, transformando aquele conhecimento científico que foi gerado desde a pesquisa de base até a aplicação dos resultados feitos e isso faz uma diferença muito grande na nossa vida e no bem estar da humanidade’, destacou o titular da Sedecti, Jório Veiga.
Para a secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, que também atua na coordenação da Rede Rhisa, a escolha do município de São Gabriel para início dos trabalhos da plataforma se deu pela relevância da região.
"Escolhemos São Gabriel porque estamos num ponto estratégico para o Brasil, no qual nós temos 23 etnias indígenas, 19 línguas faladas, um conjunto de pesquisadores indígenas e não indígenas com questões colocadas de todas as maneiras em diversas áreas como na arqueologia, antropologia, biologia, geologia. Nós entendemos que a Rede Rhisa é a oportunidade para que a gente possa conhecer como os pesquisadores estão trabalhando aqui, o que precisa para ser fortalecido e de que forma a pesquisa na Amazônia, a ciência e a tecnologia produzida aqui, pode sim servir para o desenvolvimento econômico, para as questões de justiça social, e principalmente para a salvaguarda dos povos tradicionais, e dos territórios indígenas e unidades de conservação”, afirmou a secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, que também atua na coordenação da Rede Rhisa.
A programação em São Gabriel da Cachoeira será a primeira de uma série de atividades que as organizações desenvolvedoras da Rede Rhisa realizarão neste ano em pelo menos 11 municípios do Amazonas. A ideia é apresentar as estratégias e as ferramentas que serão utilizadas, a fim de formar uma densa rede colaborativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação regional, para a troca de informações e experiências, apoio mútuo a projetos e interlocução com setores da sociedade, empresas e governos.
Além de São Gabriel, as mobilizações da Sedecti e Instituto Acariquara irão ocorrer também nas cidades de Tabatinga, Tefé, Coari, Lábrea, Humaitá, Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Itacoatiara, Itapiranga e Silves.
“Recebemos aqui nessa campanha de engajamento em São Gabriel um grupo expressivo de pesquisadores, lideranças locais e de organizações que certamente vão contribuir para a ampliação da rede Rhisa nesse primeiro ano em que estamos atuando muito fortemente nos municípios a partir das próximas mobilizações e estamos muito otimistas com a consolidação desse projeto que a partir do ano que vem seguirá para os Estados da Amazônia Legal”, destacou o coordenador técnico da Rede Rhisa e ponto focal da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) na Ufam, professor Henrique Pereira.
Para o assessor da Secretaria Municipal de Educação, Daniel Benjamin da Silva, da etnia Baniwa, a plataforma da Rede Rhisa chega como uma novidade para a região do Alto Rio Negro e será uma oportunidade para que os acadêmicos e pesquisadores do município possam absorver e trocar experiências em prol do desenvolvimento da região "Temos muitos intelectuais e acadêmicos que estão em campo aqui e será uma rede importante na qual poderemos socializar e buscar desenvolvimento”, enfatizou Daniel.
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