Curso oferecido pelo laboratório Dabukuri capacita estudantes para causa indígena
Por Juscelino Simões
Equipe Ascom
Com a perspectiva de discussão dos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais o Laboratório de Planejamento e Gestão do Território na Amazônia (Dabukuri), espaço vinculado ao Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas promoveu a abertura do curso ‘A luta dos povos: cruzando os rios da interculturalidade, quebrando fronteiras por um direito emancipatório’, na manhã desta segunda-feira, 15.
Com o objetivo de discutir os direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais a partir de uma visão descolonizada e emancipatória, e socializar a importância do conhecimento desses direitos na luta dos movimentos sociais, o curso reuniu no primeiro dia mais de 22 estudantes de diversas áreas da graduação, pós-graduação, professores do ensino médio, entre outros, em um total de 40 vagas oferecidas.
O curso surgiu a partir de uma demanda do próprio laboratório Dabukuri, que trabalha com povos indígenas, e a necessidade de instrumentalizar os estudantes do laboratório sobre a questão dos direitos dos povos indígenas. “O curso surge a partir de uma demanda dos estudantes do próprio laboratório. Como temos trabalhado com povos indígenas, projetos, tanto na área de educação, gestão do território, perícias geográficas solicitadas pela 1ª Vara da justiça, Ministério Público, consultas prévias, entre outras, surgiu a necessidade de instrumentalizar os estudantes, tanto os que estudam no laboratório como outros que são de outros cursos, que entendessem melhor sobre a questão dos direitos dos povos indígenas e como ele pode ser emancipatório”, destacou a professora do Departamento de Geografia da Ufam e coordenadora do laboratório Dabukuri, Ivani Farias.
A professora de Filosofia, Ana Flávia Souza Aguiar, afirmou que o curso vai proporcionar um aprofundamento no conhecimento sobre a questão dos direitos dos povos indígenas. “Sou daqui da região e me sinto desinformada sobre o assunto. Ainda bem que este curso é aberto ao público externo porque quero entender sobre as lutas indígenas. Não sou da Ufam e queria saber quais são os problemas e como contribuir de alguma forma na luta para garantir direitos indígenas”, disse Ana Flávia Aguiar.
“Sou estudante do 1º período do curso de Arquivologia da Ufam e a partir de um trabalho que fiz, uma análise sociológica sobre Ajuricaba, me despertou o interesse de me aprofundar sobre o conteúdo do curso. No primeiro momento achei interessante a metodologia da construção do conteúdo que será ministrado ao longo do curso”, destacou o estudante Marcelo Passos.
O curso tem carga horária de 60 h, com certificação. O conteúdo do curso foi construído junto com os participantes neste primeiro dia por meio da elaboração do mapa conceitual utilizado na Metodologia da Aprendizagem pela Pesquisa. Materiais de apoio serão disponibilizados em formato digital após a definição do conteúdo aos participantes. O curso será ministrado pela professora Ivani Farias, pela advogada Chantelle Teixeira (do laboratório do Dabukuri e advogada do Cimi), Carla Castro (advogada e doutoranda do PPGCASA), Diego Osoegawa (doutorando de Biotecnologia e discente de Direito da Ufam) e pela professora do curso de Direito da Ufam, Caroline Barbosa.
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