Professores do ICE, em conjunto com cientistas de outras instituições federais, têm artigo publicado na revista britânica Nature Medicine
No artigo, os docentes argumentam que as políticas brasileiras condenam a Amazônia a uma segunda onda de Covid-19
Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam
Os professores do ICE, Wilhelm Alexander Steinmetz (Ufam) e Jeremias Leão (Ufam), em conjunto com os pesquisadores Lucas Ferrante (Inpa), Philip Martin Fearnside (INPA), Luiz Henrique Duczmal (UFMG), Unaí Tupinambás (UFMG), Alexandre Celestino Leite Almeida (UFSJ) e Ruth Vassão (aposentada do Instituto Butantan), tiveram o artigo “Brazil’s policies condemn Amazonia to a second wave of COVID-19” divulgado na versão on-line da revista britânica Nature Medicine.
Nature Medicine
A revista é voltada a publicar pesquisas originais, interdisciplinares que tenham ênfase na melhoria da saúde humana. No artigo publicado pela Nature Medicine, os professores apresentam o histórico da pandemia de Covid-19 no Estado do Amazonas, desde o primeiro caso, registrado no dia 13 de março; chamam atenção para o expressivo número de populações indígenas na região, as quais fazem parte do grupo de risco e das sucessivas recomendações de cientistas para conter o avanço da pandemia no Estado.
Vidas em risco
Eles alertam que as políticas brasileiras condenam a Amazônia a uma segunda onda de Covid-19. “Ao mesmo tempo em que ficamos felizes em fazer nossa produção encontrar abrigo em uma das mais prestigiadas publicações internacionais, temos que ressaltar, com pesar, que as políticas adotadas no Brasil colocam a vida das pessoas em risco. Infelizmente, argumentos sem respaldo científico têm prevalecido. A pandemia no contexto da Amazônia possui ainda a dimensão adicional dos muitos povos tradicionais e populações indígenas que são particularmente vulneráveis a essa pandemia e necessitariam de uma proteção especial do Estado”, afirma o professor Wilhelm Alexander Cardoso Steinmetz.
Confira, na íntegra, o artigo “Brazil’s policies condemn Amazonia to a second wave of COVID-19”, publicado na Nature Medicine.
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