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Na VI Feira de Anatomia Animal, estudantes da Ufam compartilham conhecimentos em Osteologia

  • Publicado: Quarta, 26 de Junho de 2019, 16h21
  • Última atualização em Quarta, 26 de Junho de 2019, 19h18
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Vice-reitor prestigiou o evento promovido na FCAOrlando Xavier, 17, conclui ainda em 2018 o ensino médio técnico na Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos, localizada no km 23 da BR 174. A turma dele foi uma das convidadas para prestigiar a 6ª Edição da Feira de Anatomia Animal, evento promovido pelos calouros do curso de Zootecnia com a parceria dos discentes do curso de Engenharia de Pesca, ambos abrigados na Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (FCA/Ufam). O evento ocorreu na tarde de hoje, 25, no Hall da FCA, setor Sul do Campus Sede.

O finalista da educação básica não tem dúvida quanto a que área ele seguirá na faculdade: “Eu gosto das Ciências Agrárias e pretendo fazer o Enem e concorrer pelo SISU [Sistema de Seleção Unificada] para o curso de Agronomia na Ufam”. Orlando já está familiarizado com o termo Osteologia – estudos dos ossos, o tema da Feira que ele visita pela primeira vez. “Temos aulas práticas sobre bovinos, peixes e aves, mas eu nunca tinha ido a uma exposição”, revela.

“Esta é uma atividade dos cursos de Zootecnia e de Engenharia de Pesca. Eu já conversei com alguns alunos, e é interessantíssima a demonstração de conhecimentos cada vez mais profundos da área que estudam. Isso é a prática da teoria que eles já aprenderam na sala de aula e se torna uma motivação a mais para que eles concluam seus cursos”, elogia o vice-reitor da Ufam, professor Jacob Cohen, que representou a Administração Superior no evento.

Discentes trabalharam na pesquisa e na montagem de peças. “Nós queremos formar profissionais ainda mais preparados. É a Zootecnia que cuida da parte de alimentação e vivência e a Engenharia de Pesca, que nos dá a tecnologia que permite multiplicar a nossa vocação principal”, afirmou o vice-reitor, ao mencionar o tema do empreendedorismo, que ganha cada vez mais força entre os egressos dessas áreas, e da tecnologia. “Através dessas duas vertentes é que podemos melhorar a qualidade de vida da nossa população e a qualidade dos nossos projetos de pesquisa”, apontou o professor Cohen.

Intercâmbio de conhecimento

A crescente presença de público externo à Ufam é um dos resultados mais interessantes da Feira, conforme aponta a coordenadora do evento, professora Roseane Oliveira, para quem esta é uma oportunidade de apresentar o que a universidade tem desenvolvido. “Estamos na sexta edição da feira, que é uma metodologia ativa da disciplina de Anatomia Animal, além de ajudar a reduzir a evasão, contribui com a nossa taxa de sucesso... Hoje, o curso de Zootecnia é nota cinco no Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes]”, relatou a docente.

Ainda segundo a professora Roseane, o primeiro momento é aprender teoricamente sobre as estruturas e as particularidades das espécies, na sala de aula. Já a exposição é a forma de transmitir esses conhecimentos para a sociedade, para os acadêmicos da Ufam, de outras universidades e ainda os alunos finalistas do Ensino Médio. “É desafiador para os nossos discentes, que buscam as informações e as curiosidades enquanto se preparam para a feira”, frisou a professora Roseane Oliveira, reconhecendo o mérito do trabalho da turma.

Espécies amazônicas

A Feira funciona assim: a turma é dividida em grupos e cada equipe escolhe um animal para pesquisar e apresentar sobre, dando ênfase para a parte de formação óssea, mas podendo abordar sobre outros aspectos. Docentes uniram esforços para realizar açãoA equipe formada por Yasmin Moreira, Amanda Moraes, Patrícia Oliveira, Yana Lins, Emilly Cordeiro, Mikaela Cirstina e Felipe Tavares aceitou o desafio de falar sobre o peixe-boi. “É importante mencionar que o zootecnista também cuida da parte de bem-estar animal dessas espécies. Em relação à pesquisa, a Ufam tem importantes parcerias com o Inpa [Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia]”, disseram os expositores.

O boto cor-de-rosa e o boto tucuxi, os dois presentes na Bacia Amazônica, foram tratados por outro grupo, cujos nomes científicos são sotalia fluviatilis e inia geoffrensis respectivamente.  “Além de serem comuns nessa parte do Brasil, também aparecem no Peru, na Colômbia e no Equador. O boto do litoral é do mesmo gênero que o boto cinza, cujo nome científico é sotalia guianensis, que é aquele que aparece, por exemplo, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro”, explicam os discentes de Zootecnia.

Ainda segundo os estudantes, os botos da Amazônia chegam a medir 2 metros – os machos, enquanto as fêmeas têm cerca de um metro e meio. “Eles se alimentam de pequenos peixes e caçam em grupos, como uma estratégia de encurralar as presas. Hoje, as principais ameaças para esses animais são os choques com embarcações de pesca e a captura com redes, que os pescadores afirmam ser acidental”, explicaram os calouros Jhade Fernandes, Elizabeth da Silva, Bárbara Araújo, Jesiane Vanessa, Juliane Beltrão, Jamyle Cunha e Bianca Rodrigues.

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