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Professor Luiz Joaquim Bacelar de Souza é promovido a professor titular

  • Publicado: Terça, 04 de Fevereiro de 2020, 17h53
  • Última atualização em Quinta, 20 de Fevereiro de 2020, 15h53
  • Acessos: 1014

Por Sebastião de Oliveira

Equipe Ascom Ufam

O decano do curso de Engenharia Florestal, professor Luiz Joaquim Barcelar recebeu na segunda-feira, 3, promoção funcional à classe de professor titular. O feito ocorreu após a defesa de Memorial Acadêmico no auditório do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), localizado no setor Sul, no Campus Universitário.  

A Comissão de Avaliação presidida pelo professor Júlio César Rodrigues Tello, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), foi composta pelos seguintes membros: o professor Dartgman Baggio Emerenciano, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); a professora Elizabete Brock, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA); e o professor Niro Higuchi, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA).

 Defesa

A defesa do Memorial Acadêmico é uma atividade que permite ao professor avaliado apresentar toda sua vida acadêmica, pontuando momentos de relevância sob o aspecto de ensino, pesquisa e extensão. Para o professor Bacelar, assim conhecido amigavelmente no âmbito acadêmico, essa atividade é uma ideia, um processo brilhante, no qual o professor realiza uma revisão sistemática, uma revisão minuciosa de toda a vida profissional. “A gente passa a fazer uma autoanálise daquilo que se fez e sobre o que você fez e não deu para cumprir com metas e objetivos como docente na Universidade”, assegurou ele.

Enquanto estava preparando seu Memorial, o professor disse que o documento foi elaborado de forma bastante sucinta, no entanto, a apresentação exigiu forma extensiva, alongando sua fala. Ele a  concentrou em três atividades: ensino, pesquisa e extensão. Seguindo essa lógica, inicialmente, focou nos momentos que anteciparam seu ingresso na Academia, o qual destacou a ligação da família com a natureza, principalmente, com o “verde”

De origem aristocrática, seu bisavô foi senhor de Engenho, no estado da Bahia e, posteriormente, seus descendentes se instalam no município de Humaitá (município distante 592 quilômetros da capital) mantendo sua relação direta com a terra e o verde. Por conta da saga familiar, ele disse que, na capa de seu memorial, traz uma foto do Palácio Rio Negro, sede do governo à época e símbolo da decadência do Ciclo da Borracha, e ainda cita como o inverso disso o Teatro Amazonas, que representa o auge desse período econômico no Amazonas.

Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, em 1978, o docente que completou 35 anos junto a Ufam confessou que manteve forte relacionamento com seus pares, assim como os egressos do curso que atuam fora do ambiente acadêmico. Ele fala orgulhoso quanto à criação do curso de Engenharia Florestal, do qual esteve à frente na elaboração da grade curricular.

“Na realidade, tentou-se criar várias vezes o curso, em varias comissões. Somente com autorização do reitor Roberto Vieira da ida de uma comissão a Curitiba (PR) para criar o curso, disse-lhe que, se quisessem criá-lo, não o fizessem por uma comissão, mas o deixassem fazer sozinho. Ele disse: "Do que você precisa? Eu disse que precisaria de uma passagem para Curitiba e a melhor secretaria. Com isso, a gente conseguiu aprovar em tempo recorde em todas as instâncias da Universidade”, completou o decano.

Para o homem amazônico, a relação com a natureza é muito intensa, no entanto, a cada ano que passa, o caboclo se vê ameaçado com as queimadas desproporcionais na floresta para a implementação do  agronegócio. Conforme explicou o docente, a destruição do patrimônio natural amazônico é uma ameaça, mas a preocupação é protegê-la, principalmente contra o fogo. “Eu tenho centrado meus esforços nas minhas pesquisas, nesse sentido, quero protegê-la, acreditando que a natureza deve servir ao homem, de modo que este possa mantê-la para as futuras gerações e que elas possam desfrutar da natureza”, completou o pesquisador.

A forte relação com a natureza permite com o professor Bacelar possa senti-la em sua essência. “Passo a maior parte de minha vida dentro da floresta. A Floresta Amazônica, apesar de toda ameaça de queimada,  é um ambiente difícil de pegar fogo, em razão da menor densidade demográfica e pelo fato de as plantas serem menos inflamáveis. Então, o que desejamos é que todos possam fazer a sua parte com prudência e responsabilidade, fazendo que possamos aproveitar das benesses da Amazônia”, finalizou o decano do curso de Engenharia Florestal.

Currículo resumido

O docente é decano e fundador do curso de Engenharia Florestal da Ufam. Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1978), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1981) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2000). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Ecologia, uso e controle do fogo, atuando principalmente nos seguintes temas: minhocultura, goma não elástica, sorvinha, couma utilis, contenção de queimadas e produção de mudas em espelhos d’água.

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