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Profissionais de saúde de Benjamin Constant recebem capacitação sobre combate à pandemia

Publicado: Quinta, 02 de Abril de 2020, 14h05 | Última atualização em Quinta, 16 de Abril de 2020, 14h55 | Acessos: 1896

Por Sandra Siqueira
Equipe Ascom

 
Na manhã desta quarta-feira, 3, foi a vez dos médicos e enfermeiros da atenção básica do município de Benjamin Constant participarem da capacitação oferecida pela Ufam sobre o combate ao novo coronavírus. A ação foi realizada por meio de teleconferência.
 
A iniciativa do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da Ufam já está em sua terceira edição e tem o objetivo de informar e orientar os profissionais do interior do Amazonas sobre como lidar com a situação em seus municípios. 
 
A explanação do tema foi feita pelo médico infectologista e presidente do Comitê, professor Bernardino Albuquerque, que apresentou o cenário nacional e local da pandemia, além de esclarecer as dúvidas dos participantes. "Abordamos o diagnóstico e tratamento, por exemplo. Também falamos sobre a questão indígena, já que o município possui uma das maiores populações indígenas do País. Benjamin Constant não possui nenhum caso confirmado e isso é muito importante. É preciso evitar a introdução do vírus e manter o isolamento social", expôs.
 
Segundo o professor, as principais preocupações das equipes médicas são a prática do isolamento social e o atendimento de possíveis pacientes com o quadro mais grave da doença. "Existe a dificuldade em isolar as pessoas em razão dos hábitos sociais das comunidades indígenas, mas mesmo assim eles estão buscando fazer, inclusive com o auxílio de intérpretes, que traduzem as informações para a populações", detalha. "Quanto aos casos graves, a orientação é isolar o paciente na sala de estabilização até que ele possa ser transferido para Tabatinga ou Manaus", declarou o professor da Faculdade de Medicina. 
 
Entre as dúvidas apresentadas, estava o uso da cloroquina no tratamento dos doentes. "Não existe a comprovação da eficácia do medicamento, apenas evidências. Utilizá-lo indiscriminadamente é um risco muito grande", advertiu o profissional.
 
Com mais de 200 casos registrados oficialmente e três mortes por coronavírus, o Amazonas está entre os Estados onde a transmissão local - quando os novos casos não possuem ligação direta com aqueles de pessoas infectadas no exterior - já está ocorrendo. "Na minha avaliação, a situação no Amazonas está dentro do esperado. Temos registros, o que não é possível evitar, mas não temos a explosão de casos, como ocorreu na Itália e na Espanha", disse. "Por isso, o isolamento social é importante, para diminuir o número de infecções e para que tenhamos condições de dar uma melhor atenção aos contaminados. A explosão de casos sufoca a estrutura de atendimento e não há como trabalhar adequadamente", conclui. 
 
Teleconferência
 
O curso de capacitação é realizado com o suporte da Gerência Multidisciplinar em Telessaúde da Ufam (GMTS) e já ajudou profissionais dos municípios de Humaitá e Itacoatiara, por meio de parcerias com as prefeituras locais. Para solicitar o serviço, o interessado pode enviar e-mail para O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
 
Diante da impossibilidade de contato pessoal, a GMTS tem desenvolvido várias ações para contribuir no combate ao covid-19. "Hoje mesmo iremos capacitar alunos de Medicina sobre como orientar a população em geral sobre a pandemia", contou o professor Pedro Elias, vice-coordenador da GMTS.
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