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Ufam, Ifam e Uea, em carta aberta, disponibilizam colaboração em ações de combate à pandemia no Estado do Amazonas

Publicado: Quarta, 03 de Março de 2021, 12h00 | Última atualização em Sexta, 05 de Março de 2021, 10h34 | Acessos: 1452

Por Irina Coelho - Equipe Ascom Ufam
Com informações da Ascom UEA

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) divulgaram, na manhã desta quarta-feira, 3 de março, Carta Aberta que estabelece ação conjunta para o enfrentamento da pandemia, visando a redução do impacto na população da região Amazônica. As três instituições resolveram, entre si, disponibilizar, voluntariamente, seus recursos humanos, instalações físicas e conhecimento técnico para serem empregados no plano de imunização do Amazonas; além de contribuir com a prospecção de ações na mitigação do impacto da pandemia. 

No documento, as instituições explicam a necessidade da iniciativa, levando em consideração que o Amazonas possui o 3º lugar no índice de letalidade (3,35%); 7º lugar no índice de contaminação (7,01%); e se apresenta, infelizmente, em 1º lugar no índice de óbitos (2,25%) no Brasil e necessita de ações e estratégias contundentes para minimizar o cenário atual. Além disso, a Carta Aberta aponta a necessidade de uma revisão criteriosa do plano de vacinação com base no momento vivido, a aquisição de insumos e recrutamento de capital humano para atingir o mínimo de 70% da população amazonense vacinada em 2021, envolvendo  as comunidades universitárias da Ufam, Ifam e UEA no engajamento da campanha de vacinação, na capital e no interior do estado. Outro ponto importante citado no documento é sobre a participação efetiva das universidades nas discussões  e decisões  sobre as medidas de enfrentamento da pandemia no estado do Amazonas. 

De acordo com o reitor em exercício da Ufam, professor Jacob Cohen , a covid-19 é uma realidade desafiadora ao estado. “Aqui começou a primeira onda e nossas instituições, enquanto desenvolvedoras da Ciência e Inovação, desde o princípio participam ativamente no enfrentamento da pandemia. Atualmente, a Ufam já participa do plano local de imunização com a Escola de Enfermagem como posto de atendimento de vacinação. Realiza, ainda, o teste Elisa, um dos mais eficientes para a testagem em massa, atuando nas populações onde a Ufam mantém unidades. Além de disponibilizarmos 100% dos leitos do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/Ebserh) para pacientes com covid-19, essa movimentação, de forma emergencial, entregou ao sistema de regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) 130 leitos em enfermaria e 37 leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Somar esforços com as demais instituições de ensino é mais do que fazer a nossa parte; é atender de forma efetiva aos anseios da comunidade amazonense”, destacou o reitor em exercício. 

O professor Jacob Cohen lembrou ainda da necessidade de se olhar para o atendimento no interior do Amazonas. “Temos distorções e diferenças brutais no interior do nosso estado. São lacunas que vão desde o número de profissionais de saúde até recursos básicos. Aqui, parabenizo também o Ifam e a UEA pela atuação no interior com a otimização dos recursos disponíveis nas unidades acadêmicas do interior são fundamentais para ajudar nossa população tão sofrida e angustiada durante a pandemia. Nós queremos disponibilizar nossos recursos, certamente essa carta pública, é um compromisso que estamos assumindo com a população da capital e também com as comunidades ribeirinhas. As nossas unidades devem se ater e contribuir com o processo que se aproxima que é o da imunização”, enfatizou.                          

Solenidade

Durante a solenidade remota de apresentação da Carta Aberta, a reitora em exercício do Ifam, professora Lívia de Souza Camurça Lima, leu a Carta Aberta e destacou que a iniciativa interinstitucional visa apoiar a comunidade amazonense no enfrentamento a pandemia.

“É com grande pesar que o Ifam inicia o ano de 2021, com a perda do nosso reitor, professor Antônio Venâncio Castelo Branco, vítima da covid-19. Ele é uma das inúmeras pessoas que perdemos no Amazonas e em respeito a nossa sociedade, as três instituições se colocam de portas abertas para ações conjuntas em todo o estado no que se refere ao acompanhamento dos números da covid-19. Nós precisamos pensar nas perdas e também nas pessoas, que mesmo curadas, estão com sequelas da doença”, disse. "Essas três grandes instituições estão de mãos dadas para conseguir mitigar a expansão desta pandemia no estado do Amazonas. As universidades estão unidas para dar apoio a comunidade no acompanhamento dessa estatística que nos aflige. Estamos abrindo as portas das nossas instituições com ações conjuntas para nossa comunidade", acrescentou.

O reitor da UEA, professor Cleinaldo de Almeida Costa, destacou a importância da união de esforços das universidades públicas para oferecer soluções coletivas para a população no ponto de vista de políticas públicas. “Como as universidades públicas podem se colocar a favor do esforço para vencer a pandemia? Respondemos essa pergunta oferecendo a sociedade essa Carta Aberta, falando de possibilidades, de ações unidas entre as universidades, chamando também as universidades privadas para esse combate junto conosco, para que possamos vencer a pandemia na capital e no interior do Amazonas. É papel das instituições de ensino superior dialogar com a população,  passar segurança à sociedade sobre a imunização. É importante colocarmos nossos professores, pesquisadores e pessoal de gestão à disposição do estado e dos municípios nesse cenário de enfrentamento, embarcando inteligência no processo. A universidade tem a experiência para auxiliar  nas questões políticas do processo com conhecimento técnico e cientifico”, pontuou. 

Ainda na solenidade remota, o professor do Ifam, docente Luiz Carlos Ferreira, apresentou a evolução dos casos de covid-19, no período de 19 de janeiro a 28 de fevereiro de 2021. “Os dados utilizados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) cruzado com os dados nacionais. Destaco que o Amazonas, comparado com os demais estados, tem o maior índice de população dizimada, com 2,6%. O grupo de trabalho analisará estas tendências de perto”, informou.   

O representante do Conselho Estadual de Saúde (CES) e professor da Ufam, João Libardoni, disse que essa aproximação das instituições de ensino superior traz esperança para o Amazonas. “É mais um momento histórico para nossa sociedade. As nossas universidades têm um papel preponderante e podem trazer contribuições importantíssimas para que possamos combater essa pandemia. Essa união será fundamental para que possamos ter cada vez mais informações concretas, melhor planejamento de estratégia para o enfrentamento desse momento em que vivemos. A sociedade anseia a contribuição das instituições”, finalizou.

Faz parte do grupo de trabalho também a médica infectologista e Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UEA, professora Maria Paula Mourão, e o professor da Ufam, José Eduardo Gomes Domingues. 

Ufam durante a pandemia

Desde fevereiro de 2020, a Ufam atua em diferentes frentes no enfrentamento da pandemia de covid-19. Foram inúmeras ações que vão desde a criação do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, passando por pesquisas, capacitações,  colações de grau antecipadas, produção de álcool em gel, máscaras, material informativo, palestras, campanhas, entrevistas com especialistas, entre outras. O compilado de todas essas ações você pode acompanhar AQUI.

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