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Professora Olivia Simão profere palestra magna na abertura da Semana de Ciência e Tecnologia do ICE  

Publicado: Segunda, 21 de Outubro de 2019, 15h17 | Última atualização em Segunda, 21 de Outubro de 2019, 16h26 | Acessos: 1844

Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom Ufam

Intitulada "Sustentabilidade na Universidade Pública", a palestra magna foi proferida pela professora Olívia Simão, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e acompanha o tema da Semana de Ciência e Tecnologia do Instituto de Ciências Exatas (VII SCT/ICE), cujo tema é Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável. O evento, que foi parte da programação de abertura, ocorreu no auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES), localizado no setor Norte do Campus Universitário. A Semana terá atividades até esta quarta-feira, 23.

Durante seu discurso, em que falou sobre a importância da sustentabilidade como estratégia para a sobrevivência da humanidade para os próximos séculos, a professora ressaltou a relevância do papel da Universidade como elemento formador de lideranças sustentáveis para uma consciência da valorização da natureza e os processos de desenvolvimento sem afetá-la, e colocando-a como aliada para a sobrevivência de nossa espécie.

Ela entende que a Universidade é o espelho para a sociedade, além de apontar vários mecanismos sustentáveis, tais como o aproveitamento da energia solar realizada por uma universidade brasileira, subsidiando parte de seu custo e ainda gerando fornecimento de energia elétrica na própria Instituição.   

A professora afirmou que, na Universidade, existem inúmeras possibilidades para se trabalhar com novos projetos assim como revivendo aqueles já existentes. Nesse caso, a professora apontou o projeto que “escandalizou” a Universidade: o trabalho de “Gestão de materiais descartáveis efluentes”, envolvendo alunos de pós-graduação da Ufam. Segundo ela, o trabalho exigiu coragem para poder enfrentar um sério problema ambiental.

O poder da Universidade é extraordinário, disse a professora, que acredita ser possível alavancar startups e pequenos negócios a partir da atuação da e na Universidade, como empresas juniores, injetando um capital de giro e possibilitando a criação de soluções com mecanismos mais sustentáveis, os quais podem ser incorporados ao dia a dia. “A economia é importante. Para nós sustentarmos a Universidade, precisamos gerar recursos”, argumentou a professora, ao relatar que “muitas vezes, as pessoas ficam assombradas em pensar que a Academia não é o local para se colocar em pauta os potenciais e recursos econômicos”, completou.

“Esta Universidade tem o poder, é um campo instituído em que diferentes nuances têm liberdade para prover, levantar suas bandeiras, unir em torno de mecanismos que a instituição é capaz de mobilizar”, analisou a professora. Segundo ela, a universidade é capaz de impulsionar para dentro e para fora a questão da sustentabilidade, pois os alunos e professores precisam entender que, ao passar nela, não é somente para um período de formação acadêmica, mas para a formação do cidadão com essa consciência. “É muito difícil a prática da interdisciplinaridade", frisou a professora, ao comentar que não é apenas a verbalização desse conteúdo na sala de aula, mas exigir sua prática na condução de uma ação libertadora”, disse.

“A marca Amazônia tem peso, e é um peso significativo. Nós devemos ser capazes de usar toda nossa inteligência, toda a nossa capacidade acadêmica para criar ações sustentáveis, mas mais do que isso, para não dar as costas ao conhecimento das populações tradicionais que aqui nos antecederam e povoaram a Amazônia, e as quais tiveram mecanismos de garantir a sustentabilidade”, acrescentou a docente Olívia Simão.

Ela finalizou a palestra alertando a comunidade acadêmica para que haja planejamento estratégico para execução de projetos sustentáveis; caso contrário, haverá sempre incidência de prejuízos, alertando ao discurso inflamado de sustentabilidade que em determinadas circunstâncias não condiz com a prática.

VII SECT/ICE

A 7ᵃ edição da Semana de Ciência e Tecnologia do ICE faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que reúne estudantes do ensino básico e superior, professores e pesquisadores dos cursos de Estatística, Física, Geologia, Matemática e Química para discutir o ensino das ciências exatas hoje.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Em sua 16ª edição, a SNCT é o maior evento de popularização da ciência do Brasil. Coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, conta com a colaboração de universidades e instituições de pesquisa; escolas; institutos de ensino tecnológico, centros e museus de C&T; entidades científicas; fundações de apoio à pesquisa; parques ambientais, unidades de conservação, jardins botânicos e zoológicos; secretarias estaduais e municipais de C&T e de educação; empresas públicas e privadas; ONGs e outras entidades da sociedade civil. Em 2018, foram quase 95 mil atividades em 1.506 municípios brasileiros, envolvendo mais de 1.500 instituições.

 

 

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